O projeto visa impulsionar o curso de tecnologia e inovação da cidade, e o curso inicia com 32 alunos da rede pública
O Sindcomércio e Senac Minas realizaram, na segunda-feira (21/8/23), a aula inaugural do MinasTec em Teófilo Otoni, programa de qualificação gratuita que tem o principal objetivo de disseminar a cultura da inovação nas empresas do comércio de bens, serviços e turismo de Minas Gerais, através da formação de mão de obra qualificada.
O presidente do Sindcomércio, Leonardo Ramos explica que, o projeto teve início no Sindcomércio, e logo que Nadim Donato tomou posse na Federação do Comércio, foi apresentado a ele, que o apresentou ao Senac, que desenvolveu todo o projeto juntamente com o Sindcomércio.
A 1ª aula do MnasTec teve início na sede do Sindcomércio. Depois, as aulas serão realizadas na carreta do Senac que está no centro da cidade, ao lado da Câmara Municipal. O foco é fornecer conteúdo rápido, aplicável e atual por meio de diferentes estratégias e recursos de apoio didático. Os cursos serão de forma gratuita para jovens a partir de 14 anos, da rede pública de ensino, que tenham uma tendência para aula de programação e inovação, e hoje no mercado faltam esses profissionais. Foi feita uma triagem nas escolas e foram captados 32 alunos, com perspectiva de abrir mais vagas.
Será um curso intensivo de três meses e meio, tempo que os jovens que tenham a tendência de atuarem na área de TI vão entender que tem como seguir na questão de programação e inovação. O projeto piloto inicia em Teófilo Otoni, mas a ideia é que o jovem mais à frente chegue numa faculdade com uma base melhor na área, podendo realmente desenvolver um bom trabalho na área de programação. Para participar, o aluno tem que estar no ensino médio, ter uma renda per capta em média de R$ 2 mil, e é tudo gratuito. Leonardo Ramos enfatiza a boa fase do Sindcomércio que está bem próximo da Federação, está com diretores na Federação, nos Conselhos do Sesc e do Senac, e isso dá uma força muito grande para ajudar no desenvolvimento da região.
O vice-presidente do Sindcomércio, Renato Freitas destacou a importância do programa para a região, pois vai permitir que os alunos consigam ser capacitados com um ensino de alta tecnologia, permitindo que o Sindcomércio consiga futuramente formar em Teófilo Otoni um polo tecnológico, e também aumentar a renda média da região. O salário de um programador no Brasil gira em torno de 5 a 8 mil reais, e esse aluno vai poder ficar em Teófilo Otoni e trabalhar para fora, até mesmo no exterior. “Esse movimento é importante até para ajudar no desenvolvimento de startups”, disse Renato.
A diretora de escola do Senac de Governador Valadares, Daniele Moura Soares Farias destacou que o projeto visa impulsionar o curso de tecnologia e inovação de Teófilo Otoni, e a intenção é qualificar mão de obra para o mercado de trabalho na área de programação, por isso capta alunos da rede pública a partir dos 14 anos, que já tenham uma vocação para área.
O instrutor do curso do MinasTec pelo Senac, Marcos Chaves afirma que o projeto dá para promover a formação profissional dos alunos da rede pública, contribuindo com a formação deles para que possam surgir novos profissionais no mercado de trabalho. Marcos informa que serão ministrados vários cursos, a tendência é que as aulas continuem e que outras pessoas também tenham a oportunidade de participar. Nesta data foi falado sobre o empreendedorismo e autonomia digital. Para o instrutor, esses dois temas são interessantes para que os futuros profissionais também tenham condições de gerir suas carreiras, criar seus próprios negócios e gerar renda.
O diretor do Sindcomércio, Iesser Lauar explica que, há muito tempo o Sindcomércio tenta desenvolver um programa para criar um polo de desenvolvimento de software nesta região. A importância desse polo, segundo Iesser é que a indústria de software – os desenvolvedores que fazem os programas de computador funcionar, eles têm um papel importantíssimo no avanço da tecnologia, e com a ideia do home-office (trabalho em casa) que veio pós-covid ganhou muita força, porque os programadores podem trabalhar das suas cidades para outras. Iesser citou um exemplo dentro do próprio Sindcomércio, que um programador formado numa faculdade de Teófilo Otoni, morando em Padre Paraíso, mas trabalhando para o Sindcomércio com desenvolvimento de software. “Isso abre uma possibilidade enorme dos nossos rapazes e moças que gostam dessa área poderem permanecer nas suas cidades, no Jequitinhonha e Mucuri, e trabalharem nas capitais, até mesmo do exterior”, disse.