Cida Johnson está preocupada com aumento das ocorrências de denúncias de violência contra o idoso

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Cida destaca que, durante esses três meses de Covid-19, o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa contabiliza que houve mais ocorrências de denúncias de violência contra o idoso

Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da
Pessoa Idosa, Cida Johnson

A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa, referência da saúde do idoso do Município de Teófilo Otoni, coordenadora de grupos de idosos Hidro-Idade e AATI (Associação amigos da Terceira Idade), Maria Aparecida Rocha Johnson, fez um retrato do Dia D – Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa. O mês violeta – trata-se de uma mobilização em prol da conscientização da violência contra a pessoa idosa.

Durante o mês de junho, várias entidades de atenção e cuidado aos idosos sempre realizam atividades de cunho socioeducativos contra casos de maus-tratos e violência à pessoa idosa. Mas, devido à pandemia do novo coronavirus (Covid-19) essas ações não serão realizadas. O Conselho estará participando de Live para retratar o tema no dia 19 de junho/20. Cida Johnson relata que é um momento difícil para esse público, já que eles se encaixam no grupo de risco e têm que manter o distanciamento social.

Muitos vivem com seus familiares onde agrava muito a violência e outros sozinhos, que muitas vezes a rua é o caminho de sair da solidão. “A violência é uma ação única ou repetida, ou ainda a ausência de uma ação devida, que cause sofrimento ou angústia e que ocorra numa relação em que exista expectativa de confiança. O principal objetivo do dia 15 de junho, o Dia D, é criar uma consciência mundial, social e política, da existência da violência contra a pessoa idosa, além de, ao mesmo tempo, disseminar a ideia de não aceitá-la como normal”, disse Cida.

Na esteira deste movimento mundial deve-se incentivar a apresentação, o debate e o fortalecimento das mais diversas formas da prevenção. Ela destaca que, durante esses três meses de Covid-19, o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa contabiliza que houve mais ocorrências de denúncias de violência contra o idoso, e é preocupante porque muitas são vizinhos que estão presenciando o ato no meio familiar e buscam o conselho para ter conhecimento de como agir. A violência contra pessoas idosas é uma violação aos direitos humanos, e a ênfase na proteção aos Direitos Humanos das pessoas idosas deve superar as desvantagens existentes e evitar que perpetuem discriminações e situações de inferioridade dadas socialmente e culturalmente a eles.

“Para a abordagem e redução dos abusos e violências contra as pessoas idosas, é necessário um atuação multisetorial e multidisciplinar e que participem os profissionais da justiça e dos direitos humanos, segurança pública, profissionais da saúde, da assistência, instituições religiosas, organizações e associações de idosos, conselhos de defesa, poder legislativo e tantos outros atores e protagonistas sociais. A dificuldade para definir e reconhecer a violência contra a pessoa idosa não deve ser obstáculo para continuar investigando e intervindo”, disse Cida, destacando que, “existem muitas razões para que as pessoas sofram violência, entre a mais frequentes, está a deteriorização e fragilização das relações familiares. Outras causas estão associadas ao estresse do cuidador, ao isolamento social e também no desequilíbrio de poder entre a vítima e o agressor”, disse Cida.

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