O secretário Adjunto de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais, dr. Jeferson Botelho – Delegado Geral de Polícia, professor, jurista, escritor, esteve na Academia de Polícia Civil de Minas Gerais, em Belo Horizonte, na terça-feira (15/06/2021), para ministrar palestra aos alunos do Curso de Formação de Delegado de Polícia Civil, com o tema: “A nova lei de abuso de autoridade e sua repercussão social”, oportunidade em que reencontrou com colegas da Polícia Civil como a dra. Cinara Moreira, dra. Águeda Bueno, dra. Rita de Cássia Januzzi e dr. Marcelo.
Na quarta-feira (16), dr. Jeferson Botelho retornou à Academia de Polícia Civil de Minas Gerais, para ministrar palestra para o Curso de Formação de Escrivão, abordando sobre o tema “Crime Organizado e seus institutos processuais”. Botelho destaca que foi um encontro prazeroso com um grupo motivado e qualificado para a promoção de justiça. “Gostaria de externar nossos efusivos agradecimentos ao Egrégio Conselho Superior da Polícia Civil de Minas Gerais pelo convite e parabenizar a todos os escrivães de polícia pela conquista. Que Deus continue abençoando a vida e família de todos, lembrando que a vitória é um somatório de esforços e renúncia de muita coisa em prol do crescimento profissional”, disse.
Em entrevista exclusiva ao Diário Tribuna, dr. Jeferson falou da emoção de retornar à Academia de Polícia Civil 24 anos depois, onde três momentos distintos marcaram a sua vida, e revelou quais. “O primeiro foi quando aportei na Academia para participar do curso de formação de Delegados em 97 com muita luta e sacrifício, a primeira vez que deixei minha família e minha cidade para uma cidade grande, fiquei 6 meses no curso de formação, com muita saudade da minha família, poder de superação, novos desafios, e resiliência. A segunda lembrança muito boa foi quando retornei à academia para participar das reuniões da lei orgânica da PC, hoje em vigor, participei de toda discussão e construção do texto e do rol de conquistas e depois retornei à Acadepol para tomar posse como Superintendente de Investigações e Polícia Judiciária de Minas Gerais, e meu primeiro ato foi depois da posse entregar o carro que servia ao Superintendente de Investigação para servir a Delegacia de Repressão a Tóxicos de Teófilo Otoni para o combate às drogas na cidade e região. Lembro-me que tinha uma comissão de policiais civis de Teófilo Otoni, com faixas de sucesso na função, presença de colegas ilustres como o investigador Zely Luiz, homem de bem, sério, competente e respeitado em Minas Gerais, além de outros. Assim, voltar à Academia foi uma emoção enorme. Muito feliz mesmo pelo convite”.
Dr. Jeferson Botelho ressalta que foi recebido na Acadepol com muito carinho e amor por todos. “Aliás, alguns colegas que trabalhamos juntos na época ainda estão em atividade em pleno exercício de suas funções. Fiquei muito feliz com a recepção, em especial da diretora da Academia de Polícia Civil, delegada, dra. Cinara Moreira, profissional de grande conceito e muito respeito na polícia. É sempre bom ser recebido como ser humano, com respeito e fraternidade”.
Questionado sobre o ponto principal abordado para os recém-chegados na PCMG, sabendo que muitas coisas mudaram de uns anos pra cá, Botelho disse que, para o Curso de Formação de Delegados, falou sobre as inovações do Direito Penal no tempo e suas repercussões sociais com ênfase na novíssima lei de abuso de autoridade e no direito cibernético. Já para a turma do Curso de Formação de Escrivão abordou acerca das organizações criminosas e a lógica de sua investigação como forma de melhor alcançar os resultados almejados e a efetiva proteção da sociedade.
Com grande bagagem profissional, dr. Jeferson Botelho, como Policial Militar e Delegado de Polícia por 30 anos ativos, ele deixa uma mensagem aos que estão entrando agora na PCMG. “Depois de uma longa experiência, de efetivo serviço público, deixaria sim uma mensagem final no sentido de que na atividade pública devemos sempre ter dedicação exclusiva na prestação de serviço, com visão de gestor e zelador da coisa pública, pautando as ações na legalidade, transparência e eficiência, afirmando que nossos atos são espelhos para a sociedade, sempre alertando para as armadilhas do setor público, por onde transitam agentes bons e outros nem tanto, e por último, diria a eles como disse a todos em nossa mensagem final que o grande desafio deles era contribuir para o combate à corrupção endógena, lamentavelmente ainda existente em todas as esferas do poder, esse desvio esdrúxulo que mata a esperança do povo brasileiro notadamente na educação e na saúde, e mais que isso, disse a todos com absoluta ênfase que não existe nenhum funcionário público rico exclusivamente com o exercício da atividade pública, e se o Patrimônio de algum servidor fosse desproporcional com aquilo que ganha seria necessário investigar a origem mesmo porque o que se ganha no setor público é tão somente para se manter num padrão razoável de qualidade de vida, mas rico nenhum servidor público de qualquer graduação ou de qualquer dos poderes ficava com o que se percebe exclusivamente do exercício da atividade pública, ser funcionário público é um exercício de vocação e não meio de se alcançar riquezas”.
Para o Curso de Formação de Delegados dr. Jeferson falou sobre as inovações do Direito Penal no tempo e suas repercussões sociais com ênfase na novíssima lei de abuso de autoridade e no direito cibernético
Para a turma do Curso de Formação de Escrivão falou sobre as organizações criminosas e a lógica de sua investigação como forma de melhor alcançar os resultados almejados e a efetiva proteção da sociedade
