Nova metodologia para apurar taxa de ocupação é essencial para traçar ações de enfrentamento da covid-19

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A partir desta segunda-feira (6/7) painel epidemiológico conta com informações em tempo real sobre leitos de UTI e de enfermaria ocupados

Para ter um monitoramento em tempo real e um refinamento mais preciso dos dados sobre a taxa de ocupação de leitos em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) modernizou a metodologia usada na captação de informações sobre as internações dos pacientes com o coronavírus. As mudanças passam a valer a partir desta segunda-feira (6/7) e trará melhores subsídios aos gestores públicos para tomadas de decisões no enfrentamento da covid-19.

A medida é mais um passo para a transparência de informações prestadas pelo Governo de Minas no combate ao coronavírus, conforme destaca o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral.  “Essa forma de coleta de dados já foi usada como fruto do trabalho do Escritório de Gestão de Leitos, criado há 15 dias. Isso demonstra que temos uma confiabilidade maior para ocupação desses leitos, com uma realidade mais precisa e mais confiável”, ressalta o secretário.

Os dados referentes às taxas de ocupação de leitos no estado são informados pelos prestadores, por meio do sistema do SUSfácilMG, que foi idealizado como ferramenta fundamental para a regulação dos leitos do SUS em Minas.  Segundo explica a assessora da Superintendência de Regulação, Rosana de Vasconcelos Parra, pela antiga metodologia, tinha-se a informação sobre a entrada do paciente em determinado leito, não especificando se houve, ou não, mudança dele para outro tipo de leito durante a internação hospitalar.

Precisão – Assim, aquele que dava entrada em um hospital e era encaminhado para uma unidade de terapia intensiva (UTI) constava no sistema como ocupante daquele leito até receber alta. “Caso esse paciente tivesse uma melhora e fosse transferido para um leito clínico, essa informação não era captada pelo sistema. O mesmo ocorria se um enfermo desse entrada num leito de enfermaria e depois fosse transferido para a UTI.  Com a nova metodologia, os prestadores vão informar sobre essas mudanças internas e será possível identificar  com  mais precisão a ocupação ”, explica Rosana. 

A nova metodologia também amplia os dados referentes à ocupação de leitos clínicos, somando, agora, os cirúrgicos na contagem. Eles são usados também para internação dos enfermos de covid-19, principalmente depois da suspensão das cirurgias eletivas na rede pública. “Na prática, o hospital interna o paciente em leitos disponíveis. Com essas mudanças, passamos a contabilizar a ocupação dos leitos tipo cirúrgico e clínico, chamando-os de leitos de enfermaria”, explica.

Com essa ampliação na contagem, há no painel epidemiológico um aumento no total de leitos referente à quantidade de leitos de enfermaria disponível no estado, o que não significa necessariamente abertura de novos leitos. 

Trabalho intenso – As alterações feitas para refinamento de informação no controle de leitos disponíveis e ocupados no estado são fruto de um intenso trabalho da equipe técnica da SES, que precisou de tempo para analisar e desenvolver a nova metodologia.

O detalhamento se torna necessário neste momento de pandemia porque, como ressalta Rosana, traz mais transparência em tempo real, o que ajuda os gestores nas tomadas de decisões necessárias para o enfrentamento da covid-19 em Minas Gerais.

Escritório de leitos – Somado à nova metodologia, Minas Gerais atua no monitoramento diário dos hospitais com leitos de UTI conveniados ao SUS, tanto das unidades públicas como das filantrópicas e particulares que tenham leitos do SUS.

Por meio do Escritório de Gestão de Leitos, criado no final de junho, o Governo de Minas tem monitorado e gerido  internações hospitalares de Minas Gerais em tempo real. O núcleo, formado por servidores da SES, faz contato direto e diário com hospitais mineiros para conhecer a realidade desses locais, principalmente onde a taxa de ocupação das unidades de terapia intensiva (UTI) esteja acima de 90% e onde haja pacientes há mais de 20 dias internados. (Crédito/foto: Gil Leonardi/Imprensa MG)

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