Na quarta-feira (08/12), o templo religioso que fica na Comunidade São Vicente de Paulo, no Córrego da Esperancinha, que faz parte da Paróquia Senhor Bom Jesus, em Mendes Pimentel, foi destruído pela segunda vez neste ano. O bispo da Diocese de Teófilo Otoni, Dom Messias dos Reis da Silveira pronunciou a respeito. Disse que depois de ter passado por depredação, móveis, telhados, janelas, bancos e imagens destruídos, Sacrário violado, hóstias esparramadas, fato ocorrido em março deste ano, o povo se uniu, restaurou o templo, e na última quarta-feira, o fato se repetiu.
“Tudo destruído novamente. O povo está muito assustado com tudo isso, com medo, chorando. Uma situação bastante difícil lá em Mendes Pimentel. A polícia está investigando, não se sabe ainda quem é que está causando esse mal, mas o fato é que novamente aconteceu”, lamentou o Dom Messias, que na oportunidade expressa a sua solidariedade aos fiéis daquela igreja. “Meu pedido é que andemos firmes na fé. Não é por causa de perseguição, de maldade, que nós vamos abandonar a Deus. Quem está fazendo isso não está lutando simplesmente contra as pessoas, mas contra Deus”, disse.
O padre Erivelto, trabalha na paróquia, disse que no dia 27 de setembro, Dia de São Vicente, teve a reinauguração da igreja com presença de Dom Messias, tendo ele pensado que não ocorresse mais esse tipo de atentado como ocorreu em março, mas, infelizmente o fato se repetiu, ficando a capela toda depredada, as imagens quebradas e o Sacrário violado. “Mais uma vez a profanação da nossa capela. Isso acontecendo pela segunda vez, traz tanto para a comunidade, quanto para a paróquia, para o padre, uma dor muito profunda, porque é como se arrancasse um pedaço de nós, um pedaço da nossa fé, daquilo que é tão essencial pra nós, que é a nossa religião”, disse.
O padre Erivelto informa que todos os encaminhamentos judiciais estão sendo feitos, a polícia está investigando o caso para tentar chegar à autoria. Segundo ele, a grande pergunta é o porquê disso está acontecendo. “A grande pergunta é justamente essa, por que isso está sendo feito, qual o motivo, por que tanto ódio, por que tanta raiva da igreja ali naquele espaço. É um momento difícil para todos nós aqui. A única coisa que podemos pedir é a força de Deus, e assim nós conseguirmos vencer e seguirmos em frente com nosso caminho de evangelização”.
