Nota da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais ao Diário Tribuna

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Na segunda-feira (04/04), um indígena de 12 anos, que foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Teófilo Otoni, morreu e, segundo o médico que o atendeu, dr. Rodrigo Lobo, a causa da morte possivelmente seria de raiva humana. O dr. Rodrigo disse que o adolescente chegou à UPA no domingo já num estado grave, com histórico de ter sido mordido por morcego acerca de 10 dias, aí começou a evoluir com sintomas em específico, como vômito, fraqueza, sialorreia (produção excessiva de saliva), confusão mental e certa agitação, levantando a suspeita, a princípio, de um quadro de raiva humana.

Na mesma semana, foi notificado outro caso suspeito de uma menina de 12 anos, também indígena, e ela foi encaminhada a hospital em Belo Horizonte, onde está internada. Ambos são da cidade de Bertópolis. A reportagem do Diário Tribuna fez contato com a Superintendência Regional de Saúde de Teófilo Otoni na quinta-feira (07), pedindo informações sobre os dois casos, a SRS encaminhou a solicitação à Secretaria Estadual de Saúde, que enviou nota à nossa redação, neste mesmo dia, informando que os dois casos estão em investigação, portanto, não há ainda confirmação através de exame laboratorial, sobre a causa da morte do menino.

Nota da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa que investiga dois casos suspeitos de raiva humana, ambos no município de Bertópolis, notificados nos dias 04 e 05/04/2022. Importante esclarecer que ambos os casos se encontram em investigação, ou seja, ainda não estão confirmados por exames laboratoriais. As amostras biológicas dos pacientes foram coletadas e encaminhadas para os laboratórios de referência. Não há casos confirmados de raiva humana no Estado.

Um dos casos em investigação, o de um paciente do sexo masculino, evoluiu para óbito. O segundo caso suspeito é de uma paciente do sexo feminino, que está em internação hospitalar. O quadro de saúde da paciente é considerado estável, apresentando melhoras.

Assim que foi notificada do primeiro caso suspeito, a SES-MG adotou medidas para controle da doença no município, a saber: – Notificação do caso suspeito ao Ministério da Saúde; – Orientação quanto a coleta de amostras biológicas; – Solicitação de envio de relatório de investigação preliminar; – Investigação na localidade de ocorrência da exposição com busca ativa de pessoas que tiveram contato com o caso suspeito e encaminhamento para atendimento médico profilático; Contato com o Instituto Mineiro de Agropecuária para ações cabíveis; – Vacinação antirrábica de cães e gatos da localidade; – Bloqueio focal; – Divulgação do caso na região com objetivo de alertar as pessoas sobre as formas de transmissão e prevenção da raiva.

Equipes da secretaria e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) estão executando ações de captura e manejo de morcegos, identificação de contactantes e vacinação antirrábica em cães e gatos na região. A SES-MG disponibilizou 100 doses da vacina antirrábica para a imunização de cães e gatos.

A SES-MG informa que o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) realiza investigação epidemiológica na região, para verificar espoliações de morcegos em animais de produção, presença ou relato de mortes de animais com sinais clínicos neurológicos, bem como informações sobre a realização de vacinação antirrábica nesses. Foram realizados contatos com produtores rurais, informando sobre as formas de prevenção da raiva dos herbívoros.

A Secretaria informa ainda que o último caso de morte por raiva humana em Minas Gerais foi registrado em 2012, no município de Rio Casca/ MG. Por fim, a SES-MG destaca a importância de se procurar a Unidade de Saúde mais próxima para avaliação da necessidade de adoção de medidas profiláticas (administração de vacina e/ou soro) em caso de qualquer incidente com mamíferos silvestres ou domésticos, sobretudo morcegos, cães e gatos. (Foto: SRS-TO)

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