Lançamento de Coletânea Internacional sobre Direitos Humanos da OMDDH, signatária do Pacto Global da ONU

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Aconteceu na última quarta-feira, dia 10 de agosto de 2022, a palestra “Incentivo à produção científica sobre direitos humanos”, promovida pela Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos, no auditório A do campus II da Univale. O evento marcou o lançamento de um e-book com um conjunto de trabalhos acadêmicos, que abordaram a respeito da temática.

Como pontuado por Gabriela Lopes dos Santos, membro da diretoria de supervisão pedagógica da OMDDH: “Defender sobre os Direitos Humanos é plantar tâmaras. Desde 1948, quando surgiu a Declaração Universal dos Direitos Humanos escrita pela Organização das Nações Unidas houve a ânsia humana por dar um basta nas atrocidades, reduzir o derramamento de sangue, conquistar justiça social; fato é, depois de algumas décadas, notamos que ainda há muito a ser feito pela raça humana, há ainda muita luta nos cenários sociais, pois ainda há uma infinidade de injustiças e desigualdades. Debater essas temáticas são importantes para responsabilização social, exercitando a cidadania ativa e cooperando para a democratização do saber”. A obra contou com a subcoordenação de Fabrício Santos Souza, Grazielle Sabino e Marilza Santos.

A Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos- OMDDH, signatária do Pacto Global da ONU apresenta a vocês uma obra internacional, a qual abraça uma diversidade de temas sobre os direitos humanos. Artigos escritos em língua portuguesa recebidos dos estados brasileiros, bem como artigos recebidos de Angola, Moçambique e uma participação especial da Romênia.

Nas contribuições feitas pelos companheiros da África, foram preservadas as características da escrita lusófona, visto que se difere em algumas regras do português brasileiro. A ideia aqui é justamente valorizar a diversidade. Como convidados especiais, convocamos pessoas de vários pontos do mundo para emitirem as suas opiniões intrínsecas sobre os Direitos Humanos, e tais dizeres estão eternizados nesta obra, na língua do país onde estão, e traduzidos no português, sendo assim, a obra perpassou por 11 países, e 7 idiomas. Nessa pluralidade, passamos pela América do Norte, América Central, América Latina, Continente Europeu, Continente Africano e Continente Asiático. Cada contato deste, nos aproxima de uma verdade irrefutável, estamos todos em cantos diferentes do mundo sentindo e ansiando pelo mesmo: igualdade, respeito e amor.

Coordenadores da obra, Marilza Alvarenga Teixeira Santos,
Fabrício Souza Santos e Gabriela Lopes dos Santos
A Obra está disponível de forma digital e gratuita, interessados na leitura, enviem e-mail para: direitoshumanoseciencia@gmail.com. O objetivo é que em 2023 a obra seja impressa e distribuída de forma gratuita para bibliotecas e algumas cidades escolhidas.

Dentre os participantes, alguns são de Teófilo Otoni, outros de vários estados brasileiros e, por fim, outras localidades do mundo. Assim, em entrevista feita com algum deles, obtivemos algumas respostas sobre qual a importância que veem da participação no incentivo à produção científica sobre Direitos Humanos. A seguir será exposto algumas opiniões de seis participantes convidados.

A Raquel Sena dos Santos Quaresma, Policial Militar em Teófilo Otoni participou com o artigo: “A atuação da Polícia Militar de Minas Gerais na promoção dos Direitos Humanos e a aproximação com a comunidade”. Segundo a Raquel: “A Polícia Militar Minas Gerais no desempenho do seu papel constitucional de polícia ostensiva e preservação da ordem pública exerce várias estratégias na prevenção e repressão criminal. Para a sua efetivação é imprescindível a participação da comunidade. A Polícia Militar carrega uma construção cultural com transmissão de valores para o cumprimento da missão de manutenção da ordem, respondendo às expectativas do cidadão à luz da Constituição Estadual, na preservação de suas garantias fundamentais. Assim, apresenta-se a PMMG, garantidora dos direitos humanos que, usando força suficiente e sem exageros, predispõe à ocupação territorial para repelir agressões contra o povo”.

Gênesis Gonçalves de Oliveira, também residente em Teófilo Otoni, formado em Direito, funcionário no Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais de Teófilo Otoni-MG, escreveu sobre: “A lei geral de proteção de dados: uma lei de Direitos Humanos”. Segundo ele: “A importância de partilha desse projeto é a possibilidade do compartilhamento do conhecimento, da opinião e do pensamento acerca do assunto. O espírito dos Direitos Humanos está em ter direitos de fato e isso precisa ser propagado, pois muitos não têm o direito de conhecerem os seus direitos. A democratização do saber faz com que exerçamos e engrandecemos o nosso dever como cidadãos”.

A Nathália Gomes de Melo Almeida, natural de Capelinha/MG, advogada, participou com o artigo: “Violação dos Direitos Humanos da mulher na guerra da Ucrânia”. Segundo a Nathália: “A produção científica sobre direitos humanos é de suma importância, por demonstrar que, o caminho para conquistá-los, foram de muitas batalhas, ressaltando assim, na necessidade da continuidade desta luta, em busca de mais garantias e dignidade, visando a preservação dos direitos humanos já conquistados, para que todos tenham uma vida digna perante a sociedade”.

O Talisgean Simplício de Medeiros, de Maceió – Alagoas, Terapeuta Neurossistêmico, participou com o artigo: “A terapia neurossistêmica e os Direitos Humanos”. O Talisgean nos respondeu que: “Se existem formas de evolução para o ser humano, uma delas é através da leitura e do conhecimento, depois disso temos a experiência. Ao ser selecionado para esta Coletânea, senti-me lisonjeado em fazer parte deste grande time. Pois todos os artigos e textos que estão presentes são de extrema importância para o cenário atual – não somente do Brasil – global. Assuntos que precisam de maior divulgação, e que muitas vezes são ignorados pelas grandes mídias. Acredito que toda essa obra será de grande impacto para aqueles que a lerão. Pois no momento em que as palavras chegam ao nosso sistema, fica quase impossível removê-las. E, assim, a evolução segue com seu caminho, abraçando o novo, respeitando o passado e seguindo em frente sempre”.

Edna Mancusi, de São Paulo/SP – jornalista e escritora, participou com o artigo: “Masculinidade tóxica no Brasil e a violência psicológica”: como desconstruir o machismo estrutural?”. A Edna nos falou que: “O incentivo à produção científica sobre os Direitos Humanos trouxe-me a experiência de pesquisar sobre as injustiças e desigualdades da sociedade. Conceituei melhor a existência do preconceito, da intolerância, da discriminação e das dores dos excluídos, ocultados pela estruturação social. Reforcei a intenção por um mundo melhor, onde todos vivam com dignidade, independente de etnia, gênero, credo, situação financeira ou qualquer outra diversidade, valorizando a essência humana. A sociedade tem a obrigação de combater o preconceito, desenvolver empatia e respeito à individualidade, garantindo o acesso das pessoas aos seus direitos como seres humanos”.

Para fecharmos com chave de ouro, diretamente de Angola na África, o Dr. João Mwanza, Presidente da Brigada Jovem de Literatura de Angola, Analista Residente da Palanca TV e professor Universitário, participou com o artigo: “Estudo sobre casos de violência doméstica em Angola, Kwanza Norte – Ndalatando: Gabinete da ação social, família e igualdade de gênero”. O Dr. João Mwanza nos informou que: “Existe um interesse enorme em poder falar sobre os direitos humanos ou ainda direitos fundamentais dos cidadãos no nosso país Angola, em particular a Província do Kwanza Norte. Várias vezes falamos, mas a primeiríssima oportunidade de colocar as minhas impressões digitais com marcas de tintas indeléveis na Organização Mundial dos Defensores dos Direitos Humanos, em forma de um artigo científico e que poderá servir como uma alerta não apenas nacional, mas também internacional, é esta. Dizer que a Violência doméstica está na “boca do povo”, independentemente da circunscrição territorial em que nos encontramos, é um dos assuntos mais abordados nos canais radiofónicos ou ainda TV, mas os casos de perda de vidas humanas não param. Podemos pensar que é um assunto mínimo e simples, mas na prática, continua a manchar a essência da criação do Ser Humano (Felicidade ou vida em abundância-eterna) A paz, o amor, o respeito, a esperança, a fé e muito mais caíram num mar sem retorno. Então, todos que ainda não saíram do ciclo amoroso através deste, poderão manter-se em paz e amor em família”.

Essas são algumas das pérolas encontradas no livro que em sua pluralidade toca em problemas sensíveis e globais, buscando gerar reflexões para alcançar uma maior democratização do saber e responsabilização social. (Informações/Fotos: Gabriela Lopes).

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