Cachoeira de Pajeú –Na tarde de domingo (18/09), a Polícia Militar recebeu informação anônima que às margens da estrada vicinal da fazenda maravilha, zona rural de Cachoeira de Pajeú, havia um corpo de uma menina, provavelmente de Suzana Rocha Silva, de 11 anos, que estava desaparecida desde o dia anterior (17), conforme registro policial. Os militares foram ao local e encontraram o corpo de uma menina já sem vida, despida, com as roupas ao lado, com sinais de violência, escoriações nas costas, inchaço nos pés e em partes do corpo.
O local foi isolado e após os trabalhos periciais o corpo foi removido ao IML de Almenara para necropsia. Iniciados os trabalhos periciais, foi constatado que a vítima era Suzana Rocha Silva. Havia um edema na testa dela, sinais de esganadura, várias escoriações nas costas, e o corpo estava em rigidez cadavérica, Havia ainda suspeita de que a vítima teria sofrido violência sexual. Policiais civis e militares iniciaram diligências para tentar obter informações sobre autoria do crime.
A polícia teve informações que Suzana foi vista pela última vez, na Rua Pedra Azul, centro da cidade, entrando em um veículo de cor escura, aparentemente um GM Celta ou um Fiat Pálio, e que teria seguido sentido a Rua Goiás, e o suposto veículo era dirigido por um menor, de 16 anos, qualificado na ocorrência. Esse menor teria sido visto na data do desaparecimento de Suzana, por volta das 19h40, dirigindo um veículo em velocidade acelerada sentido ao Bairro Recreio. Depois foi visto novamente, com o mesmo veículo descendo a Rua Pedra Azul, mesmo endereço onde foi visto a menor entrando no veículo.
Os policiais foram até o menor suspeito, ele estava junto com sua mãe, e questionado sobre os fatos disse que não tinha nenhuma participação, pois na data do fato, teria trabalhado com o tio até às 18h em uma oficina. Sobre o veículo que ele fora visto dirigindo, disse que estava no lavador de um amigo. Lá os policiais encontraram o Celta de cor azul escura, já sem os adesivos. O menor disse que tinha um aparelho celular e foi entregue por sua mãe desbloqueado aos policiais, e nele havia contatos e conversas recentes com Suzana pelo whatsapp.
O menor acabou confessando que no domingo (18), por volta das 20h, pegou Suzana próximo ao cemitério e foram destino à “Pingueira”, onde manteve relações sexuais, segundo ele, com o consentimento dela, e que do nada passou a esganá-la, deixando-a no local após ver que ela já não respirava mais. Ele levou o celular da vítima, chegando em sua residência, formatou o aparelho que foi apreendido. O menor foi apreendido, encaminhado ao hospital, em seguida, conduzido à delegacia de Polícia Civil, acompanhado de sua mãe. O veículo Celta foi apreendido e removido ao pátio credenciado do Detran. (Foto: Divulgação).
Polícia Civil apura o crime em menos de 24 horas
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em nota informou que, “assim que tomou conhecimento do fato, no domingo (18/09), deslocou equipe de policiais civis para iniciar as investigações e adotou, em ação célere, todas as providências de polícia judiciária cabíveis. A PCMG esclarece que, a princípio, ao se tratar de desaparecimento, foi instaurado procedimento para localização de pessoa desaparecida, em menos de 24 horas, apurou a prática de homicídio e identificou a autoria. A PCMG localizou o suspeito, de 16 anos, pela morte da vítima, de 11 anos. A autoridade policial realizou a oitiva dele, enquanto que, no local onde foi encontrado o corpo da vítima, a perícia criminal realizou os trabalhos periciais. O adolescente foi conduzido e ouvido na Delegacia de plantão em Pedra Azul, onde confessou a prática criminosa e a autoridade policial lavrou o Auto de Apreensão em Flagrante de Ato Infracional análogo ao crime de homicídio. Ainda, foram apreendidos aparelhos celulares (dele e da vítima) e o veículo utilizado no crime. Ele segue sendo investigado pela prática de ato infracional análogo ao crime de estupro de vulnerável e homicídio na Delegacia de Polícia Civil em Pedra Azul. Os trabalhos foram conduzidos pelos delegados Henrique Franco (Delegado Regional em Pedra Azul), e Marcela Macedo, com equipe de policiais civis de Pedra Azul.
