A Polícia Militar Rodoviária continua realizando uma série de ações e operações, com o objetivo de manter a sensação de segurança nas diversas rodovias dos Vales do Mucuri e Jequitinhonha. Nesse mês está nas atividades da campanha Maio Amarelo, com o tema “No trânsito, escolha a vida”. o tenente Reinaldo Martins lamenta que neste ano, tem percebido alguns acidentes de trânsito envolvendo caminhoneiros, e também a ocorrência de prisões pela posse do nobésio, o conhecido “Rebite”, costumeiramente utilizado para mantê-los acordados por mais tempo.
Na última apreensão, durante uma operação na rodovia BR-367, em Jacinto/MG, no período noturno, os militares abordaram um caminhão e localizaram com o motorista de apenas 27 anos, a quantidade de 20 comprimidos de nobésio, que ele alegou ter adquirido para o consumo pessoal. O caminhoneiro foi preso para a confecção do Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), pelo delito de “uso e consumo de drogas” e o material foi apreendido.
“Normalmente o nobésio é consumido para aumentar a resistência e possibilitar dirigir por mais tempo. Ocorre que o efeito tem prazo de duração, obrigando o motorista a ingerir cada vez mais, podendo chegar a dezenas de comprimidos no dia. Além de aumentar consideravelmente os riscos de acidentes graves com os veículos de grande porte, vários outros problemas surgem para o nosso amigo caminhoneiro”, ressaltou o tenente Reinaldo.
Dentre os efeitos ele pode ter dores de cabeça, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, ansiedade, alteração na alimentação, confusão mental, e vários outros problemas. Segundo o tenente, profissionais do volante já foram abordados no país sem saber onde estavam e o que estaria acontecendo. “Com o passar do tempo, caso o motorista seja obrigado a cessar o uso, podem surgir depressão, irritabilidade, paranoia e problemas relacionados a libido”, completou o militar.
Para agravar a situação, além do consumo do nobésio, muitos têm optado por outros tipos de drogas para potencializar o tempo acordado, a exemplo de cocaína, crack e ecstasy, ou seja, destruindo a sua saúde e colocando em risco os demais usuários das vias públicas.
O tenente pontua que tem conhecimento da rotina pesada dos caminhoneiros, que passam diversas dificuldades nas estradas, lutando diariamente contra o tempo, longe das famílias, mas precisa alertá-los quanto aos riscos do uso de substâncias entorpecentes. Muitos deles quase não conseguem realizar exames e acompanhamentos médicos de rotina, para saberem a situação da saúde e podem ser surpreendidos, sentindo-se mal em locais longe de socorro, não havendo tempo suficiente de serem salvos.
“Reconhecemos a importância dos caminhoneiros no país, sendo eles responsáveis por transportar alimentos, remédios, combustíveis, materiais diversos, e tudo que precisamos no dia a dia. As nossas abordagens tem o objetivo de apoiá-los nas rodovias”, concluiu o militar. (Informações/Foto: tenente Reinaldo Martins, comandante do 1º Pelotão da 15ª Cia PM Rv).
