Angelândia – No sábado (25/07), a Polícia Militar foi informada que havia um homem em surto psicótico dentro de uma residência na Rua Eduardo Ferreira de Souza, no centro da cidade de Angelândia. No local os militares foram informados que o homem era A.A.Q. de 47 anos, que já havia sido contido anteriormente nesta mesma semana, conforme registro policial. Os familiares informaram que ele deveria ter seguido para a internação no Hospital Galba Veloso em Belo Horizonte, mas não foi conduzido por não ter uma enfermeira disponível para acompanhá-lo.
Os militares entraram na residência e viram o homem segurando um machado de duplo corte, e ao ver os policiais ele agarrou seu filho de 11 anos e trancaram-se em um dos quartos. Os policiais pediram que ele se acalmasse, pois iriam ajudá-lo. Quando os policiais se aproximaram do quarto onde estava trancado com a criança, o homem desferiu diversos golpes com o instrumento cortante nas paredes e disse: “entra não, entra não, se entrar vou matá-lo, não quero a presença da polícia”. Após essa fala encostou a lâmina do machado no pescoço da criança, e os militares afastaram-se.
Durante as negociações para libertar a criança, o homem pediu a presença de um pastor da cidade Capelinha. Devido a integridade física da criança estar em risco, os policiais fizeram contato com o pastor que compareceu ao local, permanecendo do lado de fora da casa. Ele pediu ao homem para liberar seu filho, mas o pedido não foi atendido. Por fim o homem pediu ao pastor para retirar-se do local. Devido à complexidade da ocorrência, o comandante da PM local assumiu as negociação, não resolvendo o problema foi necessário a intervenção do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) de Belo Horizonte.
Durante a intervenção o homem estava trancado na residência, mas não respondia às reiteradas tentativas de contato do negociador. Na expectativa de preservar a vida do autor e de seu filho, os militares entraram na casa e abriram a porta a força para acessar o cômodo em que o homem estava com o filho. Ele segurando o machado, tentou saltar pela janela, mas foi imobilizado e contido, a criança foi resgatada e os dois saíram ilesos. Após sanada a crise, o homem foi medicado e seguiu para o hospital de internação para pessoas com transtornos mentais, Galba Veloso e a criança encaminhada para assistência psicológica, ficando sob a responsabilidade de uma tia. A criança chegou a permanecer seis horas em cárcere privado com o pai sob a mira do machado.
