Juliana foi assassinada no último fim de semana, e Fúvio está preso suspeito de envolvimento no crime, ocorrido em Colatina/ES
A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM) e Delegacia de Homicídios de Teófilo Otoni, deflagrou uma operação na manhã desta quarta-feira (6/9/23), para cumprir um mandado de busca e apreensão na residência de Fúvio Luziano Serafim e Juliana Pimenta Ruas El Aouar, no alto do bairro Marajoara, em Teófilo Otoni. A operação foi comandada pelas delegadas Herta Coimbra e Hérika Sena, com participação dos peritos criminais Bruno e Thiago e de investigadores.
As diligências, que começaram bem cedo e terminaram por volta das 11h40, foram requisitadas pela justiça, para instruir as investigações sobre a morte de Juliana Ruas, 39 anos, ocorrido na madrugada de sábado (2/9/23), na cidade de Colatina, no Espírito Santo. Após as buscas as equipes deixaram o local carregando muitos materiais que serão analisados pela polícia judiciária do Espírito Santo, onde o crime ocorreu.
O Caso – Na manhã de sábado (2), a Polícia Militar do Espírito Santo foi acionada com informações de um possível homicídio dentro do hotel Ibis, na rua Pedro Epichin, bairro Colatina Velha, em Colatina. O gerente operacional do hotel disse à polícia, que Fúvio e Juliana estavam hospedados no quarto 362 e o motorista do casal, Robson Gonçalves dos Santos estava no quarto 369, ambos no 3° andar, e na madrugada houve reclamações de outros hóspedes a respeito de bagunça e barulhos no quarto do casal.
O gerente disse ainda que, na manhã de sábado, Fúvio compareceu à recepção do hotel bastante apressado querendo pagar a conta, dizendo que a esposa estava passando mal, desmaiado, foi feito contato com o Samu e um médico atestou o óbito de Juliana. Nesse momento foi acionada a Polícia Militar, que enviou uma equipe, foi acionada a perícia, e além do quarto, todo o andar do hotel foi isolado. Segundo o histórico da ocorrência, uma equipe da Polícia Civil verificou câmeras de monitoramento interno, que mostraram que durante a madrugada ocorreu movimentação de entra e sai no quarto do casal, entre Fúvio e Robson.
Segundo a polícia, Fúvio e Robson passaram versões diferentes do que teria ocorrido dentro do quarto do casal, e o cenário encontrado pela perícia, foi de um quarto de hotel todo revirado, garrafas de cerveja, sangue nas roupas de cama, Juliana toda machucada, vidros de remédio quebrados e a janela do quarto aberta. Fúvio, que é ex-prefeito de Catuji, e Robson foram conduzidos à delegacia de Polícia Civil do Espírito Santo, tiveram as prisões ratificadas e os dois permanecem presos à disposição da justiça.
Conforme laudo do Instituto Médico Legal, a causa da morte de Juliana foi: hipoxemia, asfixia mecânica, broncoaspiração, traumamtismo cranioencefálico. Uma morte trágica e cruel que deixou familiares e amigos estarrecidos, pois ela era uma pessoa querida, filha do médico Samir Sagi El Aouar, também muito querido nesta região. O caso ganhou repercussão nacional e continua sendo investigado. Em entrevistas concedidas pelo dr. Samir, a vários veículos de comunicação, ele afirma que a filha já vinha sendo agredida fisicamente por Fúvio, e que ela já tentava uma separação.