A Juíza da Vara do Trabalho de Teófilo Otoni (TRT/3ª Região), dra. Juliana Campos Ferro Lage, cancelou o leilão que estava marcado para o dia 06 de agosto de 2020, às 10 horas, quando seria levado a público por pregão de vendas e arrematação, um terreno com a área remanescente de 596.654,46m2 (quinhentos e noventa e seis mil, seiscentos e cinquenta e quatro metros e quarenta e seis centímetros quadrados), onde se localiza o Parque de Exposições “Antônio Corrêa Marques” – “Pampulhinha”, Bairro São Jacinto, em Teófilo Otoni, com suas edificações e benfeitorias. Não só o terreno, mas vários bens que pertencem à Cooperativa de Laticínios Teófilo Otoni, tais como vasilhames, carros, trator, que estão em lugares diversos.
O leilão pegou todos em Teófilo Otoni de surpresa, pois se trata de um bem que é um referencial, quando se trata de feira de gado, leilões e festividades com os artistas de renome nacional. A Cooperativa mantém um comodato com o Sindicato dos Produtores Rurais de Teófilo Otoni, de 20 anos, e ele está sob a tutela do Sindicato, para usar e administrar a Pampulhinha. Entretanto, cabia à diretoria da Cooperativa resolver o problema, face os débitos ora cobrados pela Justiça do Trabalho feito pela diretoria anterior, que segundo ficamos sabendo, deixou a Cooperativa à deriva, com ninguém querendo “assumir a responsabilidade de administrá-la pelo tamanho ‘buraco’ no qual se encontrava”.
Fizemos contato com a Cooperativa de Laticínios, que nos atendeu, mas para falar somente o essencial e tecnicamente sobre o assunto. Fazemos, portanto, um adendo sobre a Diretoria e porque ela está tão segura em falar pouco e necessário. Nós, que fazemos a cobertura da Cooperativa há vários anos, sabemos que fizeram muita política em suas hostes, um verdadeiro palanque. Além disso, todos sabiam, e ouviram dizer, o que acontecia, sobre os seus problemas, e isso complicava ainda mais.
Na administração atual não querem interferências de pessoas que não tenham nenhum vínculo com a Cooperativa. “Nós entramos na sua administração há pouco mais de 6 anos, quando não tinha ninguém para assumi-la, fizemos esse grupo para salvar o pouco que restava. Sanamos dívidas com bancos, fornecedores e mais todos os que tinham algum tipo de crédito na Cooperativa, estamos tentando reergue-la. Só temos algumas pendências a nível Federal, como esse compromisso assumido pela diretoria anterior e não pago. Não temos dívidas na atual administração, não fazemos política e temos nossos profissionais para cuidar de caso como esses. Só pedimos para nos deixar trabalhar, em paz”.
Dito isso, a Diretoria informou que pagou pouco mais que R$ 30 mil, que ainda tem mais impostos federais, que estão cuidando para quitar ou garantir que o façam de maneira mensal. O que querem é pagar o restante da dívida, e não ficar dependendo de pessoas que não ajudam, mas, com discursos na mídia atrapalham bastante. A juíza, dra. Juliana Lage suspendeu o leilão. (Foto/site: https://www.leiloesjudiciaismg.com.br).