A Companhia da Polícia Militar em Itambacuri, responsável por nove cidades incluindo a região de Ataléia, registrou no último final de semana dois casos relativamente atípicos de lesões corporais causadas por armas brancas, uma vez que as vítimas foram homens e as autoras as companheiras. “Normalmente o que acontece são muitas situações de homens agredindo as mulheres, o que exigiu normas específicas a exemplo da Lei Maria da Penha para protegê-las” disse o tenente Reinaldo.
Na primeira ocorrência registrada no sábado (7/9), em Pescador, o homem de 46 anos, foi ao quartel da PM relatando que pouco antes da meia noite havia sido agredido pela esposa de 37 anos, que teria aproveitado que ele estava dormindo e desferido uma facada no seu antebraço esquerdo, causando sangramento. Os policiais conseguiram localizar a mulher em casa, e ela confirmou a facada. Ela foi conduzida à delegacia de Polícia Civil para que fossem adotadas as medidas legais, mas a vítima decidiu por não representar contra a esposa.
No segundo fato ocorrido na Praça Farmacêutico João Antônio, em Itambacuri, a Polícia Militar foi solicitada no hospital Nossa Senhora dos Anjos, onde o rapaz de 26 anos, afirmou que na madrugada de domingo a sua namorada de 22 anos, por motivo de ciúmes o golpeou com um canivete na região esquerda do tórax, causando um grande corte. Logo em seguida ela teria fugido do local. Os militares fizeram rastreamentos, mas ela não foi localizada.
“Precisamos destacar os riscos de agressões por arma branca, que continuam fazendo parte das principais causas de mortes no mundo. Em momentos de discussões, brigas e outras situações que levam uma das partes a ficar muito nervosa, o ideal é buscar formas de resolver com diálogo ou deixar o local para se acalmar. Uma família pode perder um ente querido (filho, irmão, pai, dentre outros graus de parentescos) em uma briga de casal, bem como a família daquele que causou a morte poderá ter um parente na cadeia por um bom tempo”, destaca o tenente Reinaldo.
Ele informa que, a Polícia Militar tem acompanhado com bastante atenção as ocorrências de lesão corporal, de ameaças e envolvendo violência doméstica, para evitar que não evoluam para algo mais grave. As vítimas são visitadas para receber um suporte e serem orientadas das providências caso os autores continuem causando problemas.
“Esse trabalho preventivo tem gerado excelentes resultados na produção da segurança subjetiva e até mesmo objetiva, pois quando o autor volta a procurar a vítima várias medidas podem ser adotas, inclusive a sua prisão dependendo do caso concreto”. (Informações: tenente Reinaldo Martins, comandante do 1º Pelotão/ 155ª Companhia de Itambacuri/ Comandante da Companhia: Capitão John/ WhatsApp PM Itambacuri 3511-1190).
