O advogado de A.B.A, 41 anos, fala sobre o motivo dele ter abandonado o local do acidente
O acidente aconteceu na madrugada de sábado (21/12), no Km 286 da BR 116, em Teófilo Otoni, envolvendo uma carreta que transportava granito, um ônibus e um veículo de passeio, resultando na morte de 39 pessoas, conforme informação oficial do IML, sendo que 36 morreram no local e as demais em hospital. Dentre os mortos, 25 estavam totalmente carbonizadas.
Após o trágico acidente, o condutor da carreta, A.B.A, 41 anos, fugiu. Ele estava sendo procurado pela polícia, e na tarde desta segunda-feira (23), se apresentou na delegacia de Polícia Civil de Teófilo Otoni, acompanhado por advogados. O condutor prestou depoimento para o chefe do 15º Departamento de Polícia Civil, dr. Amaury Albuquerque e para o delegado, dr. César Cândido, depois saiu com o rosto encoberto, acompanhado dos advogados.
Na porta da delegacia, o advogado do condutor, dr. Raony Scheffer concedeu entrevista coletiva, e disse que gostaria de prestar solidariedade às famílias das vítimas e aos que estão hospitalizados, e pensar primeiramente na assistência e apoio psicológico que essas pessoas precisam. Depois, falou que seu cliente se apresentou espontaneamente, prestou todos os esclarecimentos necessários aos delegados, respondeu todas as perguntas e foi liberado.
Segundo o advogado, “o que aconteceu não foi uma falha humana, foi uma falha mecânica que está sendo objeto de investigação e de perícia. E que no seu devido tempo será publicado para a imprensa e no processo, o resultado dela”. Questionado qual seria a falha mecânica, disse que na sua visão teria sido do ônibus que teria estourado um pneu, invadido a mão de direção do seu cliente, e acabou ocasionando o acidente.
O advogado ressalta ainda que tem testemunhas oculares que presenciaram o acidente e teriam visto a questão do estouro do pneu do ônibus, que invadiu a contramão, colidindo com a carreta. Falou ainda, que a CNH do condutor não está suspensa, que tem uma decisão judicial que revogou a suspensão, e ele está perfeitamente habilitado, apto a dirigir. Ele completou ainda, dizendo que não foi apresentado nenhuma prova sobre possível excesso de peso ou de velocidade.
Sobre o condutor abandonar o local do acidente, o advogado frisou que o motivo teria sido que, naquele momento ele desceu da carreta, foi verificar o que aconteceu e entrou em pânico em virtude de ver a gravidade do acidente, de ver o ônibus em chamas, e não teria nada que ele pudesse fazer para prestar qualquer tipo de apoio, de assistência, de socorro. Concluindo a coletiva, o advogado informou que seu cliente está sendo investigado, e que não tem decisão nenhuma decretando a prisão dele. O advogado da empresa disse que, quando apresentar esclarecimento à polícia, se pronuncia com a imprensa.
