Teófilo Otoni – A Polícia Civil de Minas Gerais, através da 2ª Delegacia Centro/Sul de Teófilo Otoni, realizou na segunda-feira (14/09), uma operação para dar cumprimento de 03 mandados de prisão e 03 mandados de internação, em face de pessoas envolvidas com um grave caso de tortura ocorrido no Bairro Taquara, em Teófilo Otoni.
Segundo a Polícia Civil, conforme apurado, no dia 12 de agosto deste ano, seis indivíduos, dentre eles três menores, teriam agredido violentamente uma menor, utilizando-se de pedaços de pau e outros instrumentos contundentes, como forma de castigo pessoal, em razão de a mesma ter agredido a sua avó. “Tal ação teria sido uma espécie de punição infligida por traficantes atuantes naquela comunidade e ocorreu com o aval do chefe da facção”, disse a Polícia Civil em nota.
Diante de tais fatos, a Polícia Civil representou pela prisão e internação dos envolvidos, tendo sido os respectivos mandados expedidos. Nesta data foi preso um maior e apreendido um menor, sendo que os demais se encontram foragidos. Na semana passada outro maior já havia sido preso pela Polícia Militar. Participaram das diligências 16 policiais civis, sob a coordenação do delegado, dr. César Cândido.
Relembre o caso
Na ocasião dos fatos, um vídeo que circulou nas redes sociais, mostrou uma mulher sendo violentamente agredida a pauladas em via pública por um grupo de homens, no Bairro Taquara. De acordo com o comandante do 19º Batalhão, tenente coronel Lindomar Chaves, o fato ocorreu na quarta-feira (12/08) e a mulher foi hospitalizada. Ela falou à PM que teria caído e não quis denunciar seus agressores. “A gente não pode admitir uma situação dessa, independentemente do que ela tenha feito. Assim que eu recebi o vídeo nós determinamos todas as diligências. Todos que participaram naquele vídeo foram identificados”, disse o comandante à época.
O Delegado Regional da Polícia Civil de Teófilo Otoni, dr. Washington Souza Filho, informou à nossa reportagem que a PC tomou conhecimento do fato no domingo (16), por meio do Ministério Público que encaminhou o vídeo, e imediatamente ainda no domingo fez levantamentos preliminares do fato. Identificou e qualificou todos os autores das agressões. “Identificamos a vítima, bem como a data dos fatos, que foi na última quarta-feira, dia 12 de agosto. Ela chegou a ser encaminhada para uma unidade hospitalar tendo em vista as lesões que ela sofreu, mas, nem os médicos, ou enfermeiros ou assistente social, teria acionado a Polícia Militar ou a Polícia Civil, narrando os fatos que eles identificaram lá”, disse à época.
