Profissionais da saúde ministram palestras alusivas à campanha Setembro Amarelo

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Teófilo Otoni – A campanha Setembro Amarelo teve abertura oficial na quinta-feira (10/09), Dia Mundial de Prevenção do Suicídio, e em Teófilo Otoni vem sendo realizadas pela Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), várias palestras alusivas ao tema com profissionais da saúde local.

Na terça-feira (22/09), a psicóloga do NASF, Daiane Pena ministrou palestra com o tema “Prevenção e Cuidados na Atenção Primária”. Ela explica que a atenção primária é a porta de entrada para o Sistema Único de Saúde, o trabalho de seus dispositivos como o Programa de Saúde da Família, Núcleo Ampliado, Saúde da Família e Atenção Básica, se volta justamente pra ações prioritárias de promoção na saúde e prevenção. Nos casos de promoção em relação à saúde mental, também dentro da temática do suicídio, a atenção primária propõe grupos de educação na saúde, onde as temáticas mais diversas, incluindo fatores de vulnerabilidade podem ser discutidos, dar voz à população.

“E como a gente está justamente dentro do território, mais próximos a essas pessoas, elas nos chegam de uma forma muito mais fácil. O trabalho interdisciplinar é muito importante por isso. Muitas vezes a queixa não chega diretamente ao psicólogo, pode chegar ao enfermeiro, ao agente comunitário de saúde, que acaba por articular a rede de forma geral, pelo menos dentro da atenção primária. Ao chegar ao conhecimento do psicólogo a gente acaba também por fazer as devidas intervenções e quando necessário encaminhar para os serviços especializados”.

O psicólogo Mateus Matos ministrou palestra sobre “Fatores de Riscos” e destaca que, uma das questões que mais se passa batido é que as pessoas não observam umas às outras. Muitas passam por problemas, outras mesmo estando ao lado não observam. Disse que muitas pessoas falam ´ela morreu? A gente não sabia porque, não tinha razão´, mas sempre há algum comportamento que indica que a pessoa vai tentar contra a própria vida. Ele citou o isolamento social, muitas vezes a pessoa pode estar numa impulsividade, quem está ao lado sempre tem que comparar como é o comportamento dela, naturalmente no cotidiano.

“Se ela muda o comportamento, aquilo já traz um fator de risco. Se ela já tentou alguma vez o suicídio, se ela faz automutilação, são alguns fatores que são pra serem observados”, disse Mateus que enfatiza a importância da família para trazer segurança à pessoa, pra ela entender que não está sozinha. “Apesar da sensação que nós temos o tempo todo de estarmos sós, nós sempre precisamos de ajuda. Quando a família tem uma boa comunicação, acompanha todos no sentido de observar sempre, de perguntar como foi o dia, de dar atenção, isso traz uma importância pra ela”, disse Mateus. Ele cita que o Brasil é o país mundial da ansiedade, e nessa ansiedade as pessoas acabam se atropelando. Quando a família acompanha, conversa, isso traz mais segurança e diminui bastante a chance de ocorrer suicídio.

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