Teófilo Otoni – A delegada de Polícia Civil, dra. Hérika Ribeiro Sena, titular da Delegacia de Crimes Contra a Vida, instaurou inquérito policial, e junto com sua equipe está investigando um homicídio ocorrido na segunda-feira (15/06), na Avenida Minas Gerais, Bairro São Cristóvão, em Teófilo Otoni, que supostamente o autor teria problemas mentais. Segundo a delegada o autor aparentemente não tinha motivo para praticar o crime, e o que aportou na delegacia é que no dia dos fatos, ele estaria um pouco transtornado, se apoderou de um machado e praticou o crime.
“A própria mãe desse autor naquele momento repeliu o agressor que estaria de posse de um machado, porque também estaria com medo, pedindo que ele soltasse tal instrumento. Ele não atendeu o pedido da mãe e desceu para os fundos daquela casa quando então encontrou-se com a vítima, e ali passou a desferir o golpe de machado, fugindo do local na sequência”, disse a dra Hérika. O autor foi preso pela PM e apresentado na delegacia para lavratura do flagrante, e se encontra à disposição da justiça.
“A princípio não existe uma motivação concreta. Nós estamos ainda em investigação, diligências de campo estão sendo feitas e testemunhas estão sendo ouvidas”, disse. Com relação ao possível problema mental, a delegada disse que ainda não foi juntado nenhum laudo. Está aguardando a família juntar o laudo pra ver a situação dele, se já vai enquadrar na questão da imputabilidade, se ele vai enquadrar já de imediato no homicídio, artigo 121 do Código penal, ou se vai existir alguma outra diligência pra realizar a sanidade do autor, quando é então o judiciário que vai verificar se ele trata-se de uma pessoa imputável ou inimputável.
“Não sendo considerado imputável ele não pode responder pelos seus atos como um indivíduo em sua sã consciência. Possivelmente ele sofrerá medida de segurança, mas ao contrário ele irá a júri popular, e assim for condenado de acordo com a denúncia do Ministério Público, caso venha a ser realmente efetivado”. O autor é A.G.V. de 43 anos e a vítima João Lúcio Pedro dos Reis, de 63 anos.
O crime – No dia dos fatos, a mãe do autor, 67 anos, informou à Polícia Militar que seu filho estava no quintal da residência em atrito verbal com a vítima sem ela saber a motivação. Que a vítima é um agregado da família e morava em um anexo à residência. Que após o atrito escutou um barulho muito forte e quando saiu na porta dos fundos, encontrou com seu filho muito assustado, que disse pra ficar tranquila pois não iria fazer nada de mal com ela. Depois ele saiu correndo e ela viu João Lúcio caído no canto do quarto com um sangramento na cabeça e um machado ao lado do corpo.
Ela pediu ajuda de um vizinho e acionou a Polícia Militar e o Samu, mas a equipe constatou o óbito no local. Após trabalhos periciais o corpo foi removido ao IML para necropsia. A PM fez rastreamentos e o autor foi localizado na Rua Geraldo de Souza Regis, Bairro Teófilo Rocha. Ele assumiu ter praticado o crime e foi preso. (BO/PMMG)
