“O que a gente tem visto com muita indignação, é um confronto político num momento de guerra”, disse o presidente da AMUC

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Ao noticiar a morte do prefeito de Campanário, Luiz Antônio Campos, o presidente da AMUC, Dr. Heber Neiva “Vavá” faz um desabafo, e pede que cada um cuide de si e de quem ama

O prefeito de Campanário, Luiz Antônio Campos, 65 anos, morreu, na manhã deste sábado (20/03), por complicações causadas pela Covid-19. Ele estava internado no hospital Mater Dei em Belo Horizonte. Testou positivo para a Covid na sexta-feira (12/03), foi internado no sábado (13), na madrugada de quarta-feira (17), foi transferido para um leito de CTI, com baixa oxigenação sanguínea, mas infelizmente não resistiu à doença. Luizão como era conhecido, era de Dores do Turvo, deixa esposa e três filhos.

O presidente da Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Mucuri e prefeito de Caraí, dr. Heber Neiva “Vavá”, divulgou com muito pesar, neste sábado (20/03/21), a morte do prefeito de Campanário, Luiz Antônio Campos. Vavá, falando também como cidadão e médico com especialidade em infectologia, frisa que não é só com pesar que comunica, mas também compartilha essa triste notícia do falecimento do seu companheiro Luiz Antônio, mais uma vítima da Covid-19, ressaltando que na sexta-feira (19), também faleceu o prefeito de Vitória da Conquista/BA, vítima da mesma pandemia.

“Ontem, hoje, e todos esses dias, vimos diversas vítimas. Estamos chegando a mais de 290 mil óbitos. Essa pandemia não tem dono, não tem culpado, mas existe a necessidade de que os responsáveis tomem frente de forma digna, responsável, com empenho, com doação, e conduza todo esse processo de combate à pandemia. A guerra é de todos nós, mas a responsabilidade é de quem está na frente nos guiando”, disse.

Desabafo – Para Vavá, “…nós enquanto gestores municipais, ou enquanto cidadão, comerciante, profissionais da saúde, seguimos normas, protocolos, recomendações”. Mas, disse que o que tem visto com muita indignação, é um confronto político num momento de guerra. A guerra é de todo mundo. “A gente tem visto presidente discutir com governador, governador discutir com presidente. Prefeito faz determinada situação, prefeito B faz outra. A gente precisa de coordenação, a guerra está no país todo, a pandemia está no país todo”.

Vavá destacou a falta de oxigênio que houve em Manaus, agora está faltando no Rio Grande do Sul, um colapso ocorrendo em diversos estados. “Em Minas está nesse caos. Nós precisamos entender que a guerra é de todos nós, vamos dar as mãos, unir esforços, nos doar. Isso aqui é um desabado de que não é, apenas por ser o prefeito de Campanário, Luiz Antônio, com seu falecimento, é por ter tido mais de 290 mil mortes neste país, exatamente há um ano, desde que começou essa pandemia. E pior, sem a perspectiva de resolução a curto prazo. As vacinas estão chegando a conta-gotas”.

Para Vavá, faltou articulação, faltou sair na frente, porque recurso não falta. Faltou não colocar ideologia política que é a favor de A ou de B, afirma que a nossa ideologia numa pandemia desta, é a vida das pessoas, é batalhar pela vida. “Nós não podemos entrar nesse confronto de ideologia partidária política de esquerda ou de direita. Vamos defender a vida. Isso aqui é um apelo que fazemos para que todos participem. Cada um pode participar com o cuidado individual, com a higienização das mãos, uso de máscara, álcool em gel, se possível for”.

Vavá disse que não precisa o isolamento social, o distanciamento é importante, e, o cuidado de cada um, e com quem ama. Voltou a pedir: “É um apelo que eu faço. Vamos guiar-nos. Se a gente não tiver uma cabeça a nível nacional, um coordenador, que façamos então a nossa parte aqui. A pandemia está aí, as sequelas já estão soltas, não vamos permitir que essas sequelas intensifiquem ainda mais com tantos mais óbitos que podem vir. Isso é apenas um desabafo e um chamamento. A guerra é de todos nós. A ideologia não é de partido. A ideologia agora é, e sempre foi, defender a vida”.

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