Fortes chuvas castigam diversos municípios dos vales do Mucuri e Jequitinhonha

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Os municípios dos Vales do Mucuri e Jequitinhonha e outras localidades de Minas Gerais foram bastante castigados pelas fortes chuvas que caíram nos últimos dias. Em alguns municípios já foram decretados situação de emergência. Nas redes sociais, o tempo todo pessoas relatam problemas em vários municípios, exibem vídeos e fotos de alagamentos de ruas, casas que desabaram, estradas destruídas, e o medo da população, principalmente, famílias que moram em área de risco, persiste porque a previsão é de mais chuvas nos próximos dias.

Lamentavelmente, um fato triste ocorreu na madrugada desta quinta-feira (09), no município de Pescador. Um barranco desabou causando a queda de uma casa, na Rua Santa Luzia, Bairro Nossa Senhora do Santana, e uma criança de 2 anos e 6 meses morreu soterrada. Uma moradora de 35 anos e sua filha de 13 anos, conseguiram sair, sofrendo lesões leves. A criança estava dormindo no momento da tragédia. Móveis, eletrodomésticos, e outros bens dos moradores ficaram soterrados entre escombros e lama.

Na tarde de terça-feira (07), parte do telhado onde funcionava a biblioteca municipal, e hoje servia de depósito de cadeiras, e também parte do muro da Escola Municipal Irmã Maria Amália desabaram causando interdição em uma pista da BR-116. A pista foi invadida pelos escombros, o secretário Municipal de obras, Adilson Bahia foi ao local, providenciou com máquina retroescavadeira a retirada dos entulhos para liberação da pista. Equipe da Polícia Rodoviária Federal controlou o trânsito para evitar maiores problemas, pois o fato ocorreu em horário de pico num local de grande movimentação.

No domingo (28/11), chuvas e vendavais devastaram o Distrito de Brejão, em Teófilo Otoni. Muitas residências ficaram destelhadas, árvores e postes de energia elétrica foram derrubados, eletrodomésticos e outros bens dos moradores ficaram embaixo de escombros, causando uma total destruição na comunidade. Além disso, a população ficou sem energia e teve o abastecimento de água afetado. Prefeitura, Polícia Militar, diversas instituições e grupos de pessoas se mobilizaram para reconstruir o distrito, arrecadando colchões, cestas básicas, materiais de limpeza e de higiene pessoal, roupas pessoais e de cama, e outros itens.

 O prefeito de Poté, Nêgo Sampaio informou na manhã desta quinta-feira (09), que os problemas no seu município, são os rios que estão enchendo muito, alagaram algumas localidades, caíram algumas pontes, manilhamentos foram levados pelas águas, muita lama desceu para dentro da cidade. “Eu estou cuidando daqui aos poucos, eu mesmo estou tentando resolver os problemas do município, mas não está fácil não. O meu pedido é que o governador olhe com carinho pra região, que a situação está difícil em várias cidades”, disse Sampaio.

O tenente Reinaldo Martins, da Polícia Militar Rodoviária, está atento junto com suas equipes. Ele informou na noite de quarta-feira à nossa reportagem que a área de sua circunscrição está sem interdições, sem registro de queda de árvores, de barreiras, ou outro problema, mas alerta aos motoristas que redobrem a atenção nas rodovias, pois as chuvas reduzem a visibilidade, deixam a pavimentação escorregadia, aumentando a possibilidade de derrapagens, aquaplanagens e saídas de pistas, podendo ocasionar fatos mais graves.

O presidente da AMUC e prefeito de Caraí, dr. Héber Neiva “Vavá” informa que já acionou os órgãos de defesa civil do Estado e também do Governo Federal, para socorrer os municípios da região. Acionou as empresas de saneamento, para dar suporte à população em locais que ficaram desassistidos de abastecimento. Frisa que foi grande a quantidade de chuva, em um curto espaço de tempo, tendo como consequências diversas áreas alagadas, cidades comprometidas na sua estrutura.

Várias cidades como Machacalis, Fronteira dos Vales (que está com dificuldades com a água, pois teve a sua adutora rompida), Umburatiba, Águas Formosas, Poté, Caraí, e outras, sofreram com problemas de inundação. “Como presidente da AMUC, nossa preocupação se estende para toda região. Nós tivemos em Monte Formoso uma situação um pouco mais dramática, casas submersas. Tivemos em Fronteira dos Vales relatos de pontes que foram arrastadas. A gente está tentando mapear e somar esforços para podermos auxiliar os colegas e a população dentro de nossa capacidade”, disse.

A AMUC está reorganizando sua estrutura, direcionando o caminhão pipa para onde está precisando. “Estamos mapeando e tentando identificar pontos mais críticos para somarmos esforços com as ferramentas que nós temos. E com as que não temos, vamos buscar apoio ao nível de Belo Horizonte e de Brasília”, disse Vavá.

(Fotos: Divulgação)

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