Operação cumpre mandados de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento em esquema de fraude no Detran de Araçuaí

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Foi deflagrada nesta quinta-feira (07/04), a operação Fim da Disneylândia, com o objetivo de dar cumprimento a seis mandados de busca e apreensão na região de Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha. Os mandados, requeridos pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) após o oferecimento de denúncia contra três pessoas envolvidas em esquema de fraude no Detran/MG local, foram expedidos pelo Juízo da 2ª Vara.

Além de uma prisão efetivada, foram apreendidos materiais como kit para tirar decalque, expressiva quantidade de dinheiro em espécie, arma de fogo e cheques de policial Civil suspeito.

Segundo apurado, em associação com despachantes locais, funcionário público que esteve à frente do Setor de Trânsito em Araçuaí agilizava vistorias, documentação e demais serviços afetos ao setor, mesmo quando em situação de irregularidade. O funcionário foi sucedido por um sobrinho, nomeado para a função de auxiliar administrativo, que prosseguiu na prática criminosa.

As investigações, conduzidas pela Polícia Civil, apontam que há cerca de 25 anos despachantes locais repassam vantagem indevida para determinar ao responsável pelo Setor de Trânsito na Delegacia de Polícia de Araçuaí a passar documentos, vistorias e outros trabalhos à margem da legalidade. São recebidas gratificações por vistorias e serviços prestados pelo responsável do setor, havendo informações de que recebe valores inclusive semanalmente.   

Especificamente em relação a um despachante conhecido como “pessoa de livre acesso ao Setor de Trânsito”, são repassadas a ele as vistorias com impedimento e as documentações para transferência sem vistoria dos veículos. Nas palavras de um associado: “caso um despachante precisasse do documento com urgência, o contratava e ele providenciava o documento junto ao setor de trânsito, que ficava pronto no mesmo dia ou até mesmo meia hora depois, e cobrava o valor de R$ 100 por documento.” 

As investigações conduzidas pela Polícia Civil culminaram na propositura de ação penal pelos crimes de associação criminosa, falsificação de documento público, corrupção ativa e corrupção passiva. A denúncia foi assinada pelas promotoras de Justiça Ana Luiza Henriques Berger Machado e Samira Rezende Trindade Lomeu, titulares das Promotorias de Justiça de Araçuaí.

(Informações/Foto: Ministério Público de Minas Gerais/ Assessoria de comunicação integrada).

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