O policial militar é suspeito de envolvimento num homicídio contra o comerciante de pedras preciosas Anderson da Silva Pereira
margens da BR 116, em Teófilo Otoni
A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Vida, de Teófilo Otoni, deflagrou uma operação na manhã deste sábado (20/08/22), para dar cumprimento a um mandado de prisão temporária contra o policial militar lotado na 15ª Cia de Polícia Militar Rodoviária, V.L.D.S., de 40 anos, suspeito da autoria do homicídio contra Anderson da Silva Pereira, 38 anos, o “Dan Dan Barulho”, comerciante de pedras preciosas que residia no Bairro Bela Vista, assassinato que teve grande repercussão na sociedade.
Segundo a Polícia Civil, por se tratar de um policial militar como suspeito, o cumprimento do mandado de prisão na sua residência foi acompanhado de uma equipe da PMMG. Equipe PCMG atuante no caso – Delegados: Hérika Ribeiro Senna e César Cândido Neves Jr. Escrivães: Larissa Syngrid e Jagna Ferreira. Investigadores: Lucas da França, Philip Lauar e Winter Goecking.
Entenda o Caso – A Polícia Civil está investigando o homicídio contra Anderson, ocorrido na noite de quarta-feira (17/08), às margens da BR 116, próximo ao antigo posto Nicoletti. Anderson foi morto a tiros e o policial militar, chegou a ser preso pela própria PMMG, suspeito de envolvimento no crime, mas a sua prisão não foi ratificada pela Polícia Civil, e no dia seguinte ele foi liberado.
Conforme a ocorrência registrada pela PMMG, uma testemunha relatou que por volta das 21h40 de quarta-feira (17) percebeu que um veículo, provavelmente de cor branca, modelo Corolla ou similar, teria parado no local dos fatos, logo em seguida ele ouviu dois disparos, seguidos de um clarão, e o condutor saiu com o veículo sentido ao Distrito de Mucuri e retornou logo em seguida ao local, e um dos ocupantes efetuou mais dois ou três tiros na vítima. A perícia técnica da Polícia Civil foi acionada, e após os trabalhos de praxe o corpo de Anderson foi encaminhado do Instituto Médico Legal para necropsia.
Desde que tomou conhecimento do crime a Polícia Militar fez rastreamentos e diligências pela cidade pra tentar chegar à autoria, e recebeu informações que, na tarde de quarta-feira (17), três pessoas teriam ido à residência de um parente da vítima à sua procura supostamente para cobrar uma dívida relacionada a comercialização de pedras preciosas. Uma dessas pessoas teria sido reconhecida pelo morador.
Ainda durante os levantamentos, a Polícia Militar foi informada que o policial militar rodoviário possui um veículo Toyota/Corolla, cor branca, e teria sido visto conduzindo tal veículo no dia do crime, na BR 116. O suspeito ainda teria sido visto junto com a vítima no pátio de um posto de combustíveis, que ambos sentaram e ali teriam permanecido por cerca de uma hora. Por volta das 20h, ambos saíram do posto e seguiram sentido BR 116.
A Polícia Militar chegou a fazer buscas na residência do suspeito, tendo constatado que ali teria sido feita uma limpeza geral, carro ainda molhado e garagem com água, e outras observações relevantes. O veículo que estava na garagem foi removido para ser periciado pela Polícia Civil. As diligências foram acompanhadas por um advogado. O militar foi conduzido preso e o seu telefone celular foi apreendido. As investigações sobre as causas e circunstâncias do crime estão a cargo da Polícia Civil de Teófilo Otoni, tendo à frente a delegada Hérika Ribeiro Senna. (Ocorrência registrada pela PMMG/ Foto da vítima: Divulgação).
Nota da ASPRA – A Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (ASPRA) emitiu uma nota na sexta-feira (19) sobre o caso. Veja na íntegra: “Na manhã desta sexta-feira (19/08/22), após 24 horas de diligências ininterruptas, o militar associado V.L.D.S, Cabo da PMMG, lotado na 15ª Cia PM Mat – Teófilo Otoni/MG, foi colocado em liberdade após prestar esclarecimentos sobre o homicídio ocorrido na cidade de Teófilo Otoni/MG, envolvendo a vítima Anderson da Silva Pereira, na estrada BR 116, próximo ao Posto Nicoletti.
O Militar foi inicialmente conduzido pela própria PMMG como suspeito do homicídio, entretanto, após atuação da assessoria jurídica da ASPRA, Escritório Fantecelle Advogados, na pessoa do Dr. Gylliard M. Fantecelle, a delegada responsável pelo caso não ratificou o estado de flagrância tendo em vista a insuficiência das provas até o momento. O militar foi ouvido e liberado. Várias diligências ainda estão em andamento, no sentido de descobrir os verdadeiros autores do homicídio e sua motivação. A ASPRA – Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais, maior associação de classe do Estado, solidariza-se com os familiares da vítima ao mesmo tempo que presta seus sinceros pêsames e condolências. ASPRA, Regional Teófilo Otoni”.
