Na noite de sábado (23/12), na sede da 232ª Companhia de Polícia Militar em Novo Cruzeiro, um homem, aproveitando que o portão de acesso de viaturas do quartel tinha sido aberto naquele momento para a entrada de uma viatura, acessou o pátio da Cia, a pé, aproximou-se de um militar e, após desacatar outro policial, que não estava no local, sacou uma faca, que estava no bolso do seu moletom e desferiu um golpe forte e rápido no militar, em direção do seu abdômen, região vital do seu corpo. Felizmente, o militar conseguiu se esquivar, e a faca atingiu de raspão o seu fardamento.
O militar determinou que o homem, de 37 anos, largasse a faca, mas ele ignorou, não acatou, e foi contido por alguns militares que se aproximaram do local para quebrar a sua resistência e desarmá-lo. Ele a todo tempo resistia à prisão, mas posteriormente, largou a faca tipo peixeira com 13 cm de lâmina, sem indícios de uso, que foi apreendida. Segundo a PM, a ação delituosa do autor foi filmada pelo sistema de monitoramento de câmeras do quartel, sendo possível observar, perfeitamente, o momento em que ele desfere a facada no militar, no intuito de matá-lo.
O autor foi encaminhado ao hospital São Bento para atendimento médico, devido à intervenção policial para desarmá-lo, apresentando escoriações pelo corpo, em decorrência da queda e resistência à ação dos policiais. Em consulta ao prontuário do autor, foi verificado que em data anterior foi preso em flagrante por embriaguez ao volante pelo militar que havia desacato, sendo, possivelmente, esse o motivo de invadir o quartel e querer matá-lo.
O homem disse que comprou a faca recentemente e que foi ao quartel à procura do militar que havia desacatado e que lhe prendeu em data anterior, mas não disse que seria para matá-lo. Ele foi preso em flagrante por tentativa de homicídio qualificado e conduzido à delegacia de Polícia Civil no plantão em Teófilo Otoni, juntamente com o laudo médico dele e a faca apreendida, e teve sua prisão ratificada pela autoridade policial.
Segundo a PM, caso seja condenado, o autor poderá cumprir pena de reclusão de 12 a 30 anos, diminuída de um a dois terços, por ter sido tentado, pelo cometimento de homicídio qualificado contra policial militar no exercício da função ou em decorrência dela. Equipes: tenente Thalles, cabo Carvalho e soldado Alves. Sargentos Ruan e Elton, cabo Figueira. (Informações/Fotos: tenente Thalles Dohler Schutte, comandante da 232ª Cia/ Novo Cruzeiro).