No Japão, Sigma Lithium projeta Brasil como fornecedor estratégico de lítio 

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AGÊNCIA MINEIRA BRASIL | Divulgação

Rastreabilidade e impacto socioambiental positivo são diferenciais competitivos do lítio brasileiro, que tem atraído a atenção de investidores asiáticos

Em missão oficial à Ásia, o Governo de Minas Gerais promoveu nesta quarta-feira (25/6) o seminário Brazil Japan Business, com o objetivo de estreitar parcerias entre empresas que atuam no estado e investidores japoneses.

Entre os destaques do evento, a Sigma Lithium reforçou seu compromisso de liderar a indústria do lítio verde no mundo. Atuando há apenas dois anos no Vale do Jequitinhonha (MG), a companhia já figura entre os cinco maiores complexos industriais do planeta no segmento, com operação de baixo carbono, diálogo social ativo e alto valor agregado — um exemplo que vem inspirando a chegada de diversas empresas ao território mineiro.

A empresa participou do painel “Transformação industrial na mineração e siderurgia: sustentabilidade, inovação e tecnologia”, ao lado de líderes da Usiminas, Gerdau, Vale e da Fiemg, com mediação do presidente da Invest Minas, João Paulo Braga.

Durante o debate, Ana Cabral, CEO e cofundadora da Sigma, apresentou os avanços do Projeto Grota do Cirilo — maior empreendimento de lítio sustentável da América Latina. Ela destacou a eficiência da planta Greentech, 100% alimentada por energia limpa e com reaproveitamento total da água no processo produtivo. O modelo chama a atenção internacional por aliar competitividade, rastreabilidade e impacto socioambiental positivo.

Ana ressaltou que o lítio brasileiro não é apenas um insumo estratégico para baterias, mas um diferencial competitivo, produzido sob os mais altos padrões ESG do mundo. Também reforçou a importância do Japão como parceiro prioritário, diante da crescente demanda por veículos elétricos e da busca por fornecedores alinhados às metas climáticas globais.

Ana Cabral apresentou os avanços do Projeto Grota do Cirilo, maior empreendimento de lítio sustentável da América Latina. 

Minas Gerais como polo de minerais do futuro

O seminário, promovido pela Fiemg em parceria com o governo mineiro, contou com a presença do governador Romeu Zema, das secretárias estaduais Mila Corrêa da Costa (Desenvolvimento Econômico) e Marília Melo (Meio Ambiente), além de empresários, deputados e representantes da Codemge. O encontro reforçou os esforços do estado para criar um ambiente mais atrativo a investimentos estratégicos, especialmente voltados à transição energética.

“Estamos reduzindo burocracias e criando um ambiente de negócios seguro e transparente”, destacou Zema, que liderou a comitiva mineira.

Romeu Zema disse que o estado está criando ambiente de negócios seguro e transparente.

Minas Gerais desponta como protagonista na nova geopolítica dos minerais críticos. O Vale do Jequitinhonha, com 17 municípios, abriga a maior reserva de lítio do país e tem recebido incentivos públicos para verticalizar a produção, qualificar mão de obra local e reter valor agregado no estado.

Integração comercial com o Japão

O Japão é atualmente o sexto principal destino das exportações mineiras. Em 2024, Minas Gerais foi o estado brasileiro que mais vendeu ao país asiático, com US$ 1,1 bilhão em exportações — cerca de 20% do total nacional. O fluxo comercial bilateral somou US$ 1,5 bilhão, gerando superávit de US$ 740 milhões para o estado.

Flavio Roscoe quer consolidar as relações com o mercado asiático.

O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, destacou que o evento marca um novo capítulo na internacionalização da indústria mineira. “Queremos mostrar a força da nossa indústria e o potencial do estado como destino confiável para investimentos, promovendo conexões que gerem negócios, inovação e desenvolvimento para ambos os lados”, afirmou.

Além da mineração, o seminário abordou o papel do estado como polo de inovação, com destaque para setores como indústria 4.0 e inteligência artificial. A Cemig foi citada como exemplo de compromisso com a transição energética: opera com 100% de energia limpa e tem metas de neutralidade de carbono até 2040.

A presença da Sigma Lithium nesse ecossistema reforça o potencial mineiro como fornecedor de soluções sustentáveis para uma economia de baixo carbono — e evidencia o papel crescente do Brasil na nova geopolítica industrial baseada em minerais estratégicos.

Com informações da Agência Minera Brasil / Estadão Conteúdo

 

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