Polícia Civil conclui inquérito sobre vendas irregulares de terrenos em Teófilo Otoni

0
1978

A Polícia Civil indiciou 7 pessoas que podem estar envolvidas em crimes de estelionato, falsidade ideológica e crime específico da lei de loteamento e zoneamento urbano

Delegado responsável pelas investigações, dr. César Cândido, escrivã Mara, investigador Victor Ferreira e Delegado Regional, dr Washington Souza Filho

A Polícia Civil concluiu as investigações em que mais de 200 pessoas foram vítimas no caso dos imóveis, terrenos comercializados irregularmente pelos responsáveis pelo “Loteamento Fenix”. Colhendo oitivas de vítimas, testemunhas e envolvidos. Nesta quinta-feira (08/10/2020), o delegado responsável pelas investigações, dr. César Cândido junto com o Delegado Regional, dr. Washington Souza Filho concederam entrevista coletiva para esclarecer a conclusão das investigações levadas a cabo pela Polícia Civil.

Dr. Washington disse que uma operação foi deflagrada a partir de informações aportadas na delegacia de que investigados estariam comercializando de maneira irregular lotes – denominado Loteamento Fênix. “A partir de então tivemos informação de que estaria ocorrendo um suposto crime de estelionato dentre outros crimes inicialmente que foram objetos de apuração”, disse. A partir daí dr. Washington pediu ao delegado responsável que agilizasse a apuração dos fatos, tendo e vista principalmente o grande número de vítimas, são mais de 200 pessoas, e o clamor social que se apresentavam.

Disse que várias pessoas foram à delegacia procurando por ele e pelo dr. César, pedindo agilidade do caso. “Quando a gente compra um terreno queremos edificar ali os nossos sonhos, e não foi possível devido à má fé de algumas pessoas que participaram. Estamos procurando dar celeridade na medida do possível. Temos nossas deficiências, as nossas dificuldades, mas a Polícia Civil vai estar sempre trabalhando pra que a gente possa prestar o melhor serviço à nossa sociedade”.

O dr. César Cândido ressalta que, após pouco mais de um ano de intensos trabalhos investigativos concluiu as investigações, frisando que um período um pouco distendido devido à pandemia e também pela própria complexidade das investigações, porque foram mais de 200 vítimas. “Mas ao fim desse árduo trabalho com colaboração de uma equipe da Polícia Civil, nós conseguimos finalizar e apresentar nesta data ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, elementos que entendemos por suficientes pra indicação da prática de alguns crimes relacionados com esse empreendimento imobiliário”, disse.

Ele informou que no curso das investigações foi deflagrada uma operação objetivando cumprimento de mandados de busca e apreensão domiciliar, mas nesse momento não podia tecer quaisquer considerações sobre medidas cautelares, principalmente relacionadas a privação de liberdade, que de maneira alguma pode passar informações.

Conclusão – No final de toda investigação, dr. César Cândido disse que foram coletados elementos bastante robustos da caracterização dos crimes de estelionato, um crime da lei específica de loteamento e zoneamento urbano, e também crime de falsidade ideológica, e 7 pessoas foram indiciadas nesse procedimento. Por questões de sigilo do inquérito, não delineou o que cada pessoa está sendo indiciada, mas de maneira genérica disse que teve com conclusão o indiciamento de 7 pessoas, dentre esses três crimes.

Dr. César não especificou caso a caso dos 7 indiciados, mas informou que pelo crime de estelionato a pena máxima é de 5 anos, pelo crime de falsidade ideológica a pena máxima também é de 5 anos, e pelo crime do artigo 50 da Lei de zoneamento e parcelamento urbano a pena máxima é de 4 anos. Pode atingir um total de 14 anos de prisão para aqueles que estão sendo indiciados e, eventualmente processados por esses três crimes.

Minha mãe pagou R$ 58 mil e pouco, infelizmente eles deram esse golpe na gente” – Nacip Antônio Salomão – vítima

Vítima Nacip Antônio Salomão acompanhou a coletiva e disse que representa a sua mãe que pagou R$ 58 mil e foi lesada. “Eu exalto primeiro o trabalho da Polícia Civil que desempenhou um bom papel e nós depositamos a confiança agora no Judiciário. Eu estou aqui representando a minha mãe Norma Lúcia Salomão que faleceu infelizmente agora dia 28 de setembro, e que morreu com o sonho de edificar a casa dela. E vem essas pessoas que agem como bandidos mesmo e usurpam os nossos sonhos. Minha mãe pagou R$ 58 mil e pouco, infelizmente eles deram esse golpe na gente”, disse. (Fotos: Diário Tribuna).

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui