Polícia Civil investiga suposto trabalho escravo na zona rural de Teófilo Otoni

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A Polícia Militar foi acionada na segunda- -feira (19/10), para registrar uma ocorrência de lesão corporal leve, fato ocorrido em uma fazenda no Córrego São Benedito, zona rural de Teófilo Otoni, divisa com Ladainha. Em decorrência desse fato os militares encontraram com um homem de iniciais B.F. de 58 anos, morando em um barraco de lona, com telhado de folha de zinco, sem energia elétrica e água encanada, em condições insalubres, e a estrutura do barraco precária.

A briga ocorreu entre dois proprietários rurais, N.L.O. de 61 anos, e I.P.B. de 50 anos, que supostamente disputavam os serviços de um funcionário que já trabalhou para um deles. I.V.B., disse que foi ao local buscar o B.F. a pedido dele mesmo, mas foi impedido por N.L. e isso resultou na briga entre os dois fazendeiros. I.V.B., disse que a vítima foi seu funcionário durante vários anos e morava em sua propriedade, que ele teria apresentado confusão mental, por isso deixou que N.L.O., o levasse, onde ficou com ele por aproximadamente um ano.

O funcionário relatou que trabalhou durante 08 anos para I.P.B., que nesse período ficou cego do olho esquerdo durante o labor, que nunca recebeu nenhuma remuneração pelos trabalhos prestados, e depois foi levado para propriedade de N.L.O., onde ficou por 01 ano. Questionado, N.L.O., respondeu que nunca obrigou B.F. trabalhar, que estava providenciando a aposentadoria dele. Devido às condições análogas à escravidão em que B.F. foi encontrado, a PM acionou o CRAS do município de Ladainha, para que ele fosse assistido social e psicologicamente e conduziu o proprietário do local, N.L. incólume para a delegacia de plantão da Polícia Civil em Teófilo Otoni.

O assessor de comunicação organizacional do 19º Batalhão, sargento Olavo destaca que o funcionário desempenhava serviços rurais para o proprietário, e foi detectada uma condição que inclusive é prevista criminalmente que é a condição análoga à de escravo, fato que enseja investigação. Disse que o segundo patrão foi conduzido à delegacia de Polícia Civil e sobre o primeiro a PM iria levar todas as informações à polícia judiciária pra que sejam investigadas quanto à prática do suposto crime de trabalho escravo. (Fotos: Divulgação).

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