Os detentos do Presídio de Novo Cruzeiro, no Vale do Jequitinhonha, estão confeccionando máscaras de proteção. A iniciativa, além de contribuir para o combate à pandemia de Covid-19, é uma ferramenta de ressocialização do preso e de remição de pena.
De acordo com a promotora de Justiça Samira Lomeu, desde abril, vinham sendo feitos contatos com o diretor de Trabalho e Produção do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen), visando à inclusão do presídio no projeto “Calçando a Liberdade”, que consiste na implantação de fábrica de bloquetes em unidades prisionais. Após ter conhecimento da produção de máscaras com mão de obra prisional, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) solicitou a participação do Presídio de Novo Cruzeiro, e encontrou apoio no Depen e na direção da unidade.
Na terça-feira, 9 de junho, estiveram presentes no evento de implantação do projeto, além da promotora de Justiça, a juíza da comarca, prefeito, secretários municipais de Saúde, da Assistência Social e do Governo, procurador e secretário da Câmara Municipal, agentes penitenciários e diretores, inclusive da unidade prisional de Teófilo Otoni, representantes do Hospital São Bento, da OAB e do diretor de Trabalho e Produção do Depen.
Para a promotora de Justiça, “a mão de obra prisional em colaboração com a saúde pública traz reais e expressivas vantagens para a sociedade do médio Jequitinhonha de forma imediata, e, a longo prazo, com a possibilidade de se devolver à sociedade indivíduo melhor do que quando retirado do convívio social, a partir da ferramenta ressocializadora do trabalho”. Segundo ela, em breve, a fábrica de bloquetes também será inaugurada, visando, especialmente, calçar as ruas do município que ainda são de terra.
Ministério Público de Minas Gerais
Superintendência de Comunicação Integrada