Polícia investiga morte de recém-nascido na cidade de Jordânia

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Na tarde de quarta-feira (06/01), a Polícia Militar recebeu ligação anônima, informando que uma moradora do Distrito de Ribeira do Capim Açú, município de Jordânia/ MG, de iniciais C.B.L. de 26 anos, teria tido um bebê em sua residência no domingo (03/01/2021), e que logo após teria enterrado a criança no quintal da casa. De acordo com a PM, segundo relatos preliminares a gestação seria indesejada e teria sido escondida da própria família.

Os militares foram até o local da denúncia, fizeram contato com a mulher que estava sozinha no imóvel, após narrar a ela a denúncia que chegou ao conhecimento da PM, ela confirmou que estava gestante aproximadamente 7 a 8 meses, que teria escondido a gestação da família, pois não queria que a família soubesse do pai da criança. Que no dia do fato (03/01/2021), por volta das 6h30 da manhã começou a passar mal, foi até o banheiro da casa, foi quando a criança nasceu.

Disse que ali mesmo no chão do banheiro a criança permaneceu por algum tempo, que ela ficou com medo da sua mãe que estava no quintal do imóvel, que como não teve outra alternativa resolveu acionar a sua mãe A.D.L. de 56 anos. Disse que ficou nervosa e não viu se a criança estava viva, entrando em choque e saiu do banheiro. A mãe confirmou o fato apresentado pela filha, alegando que só tomou conhecimento da gravidez no dia do fato, mas que já suspeitava, devido a filha estar com a barriga muito grande.

Disse que colocou a criança em um balde plástico, não soube informar se ela estava com vida, e chamou sua irmã M.D.L. de 38 anos que mora em frente à sua casa, para ajudar a solucionar o ocorrido. M.D.L. confirmou a versão, acrescentando que foi chamada pela irmã por volta das 9 horas, depois de aproximadamente duas horas do nascimento da criança, que quando chegou no imóvel já deparou com a criança dentro de um balde, já sem sinais vitais, e que então resolveu enterrar o bebê ali mesmo no quintal, pois já havia um buraco aberto.

A tia disse que percebeu ter feito algo errado em não acionar as autoridades para dar conhecimento dos fatos, e que também não sabia da gestação da sobrinha. O local onde a criança foi enterrada foi apontado pela própria mãe. A perícia técnica de Almenara fez os trabalhou de praxe no local, mas não foi possível em um primeiro momento, estabelecer se tratar de crime de homicídio, aborto (espontâneo ou criminoso), ou infanticídio, pois vai depender de exames periciais e diligências complementares.

Segundo informações do IML de Teófilo Otoni, a necropsia foi realizada na manhã desta quinta-feira (7). Em virtude do corpo se encontrar em estado de putrefação não foi possível afirmar se o bebê nasceu morto ou se teve sua morte provocada. (Docimácia Hidrostática de Galeno). O médico legista de plantão colheu material biológico e encaminhou para o IML BH para exames complementares para conclusão do laudo (previsão de 45 dias). A causa da morte foi indeterminada. (Imagem: Ilustrativa)

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