O prefeito de Caraí e presidente da Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Mucuri (AMUC), dr. Heber Neiva “Vavá”, inicia o seu segundo mandato como prefeito destacando que sempre é um desafio, ainda mais quando a proposta é de fazer algo melhor, de avançar, de evoluir. Ressalta que estamos no meio de uma pandemia, e a pandemia além de continuar ocorrendo, estamos começando a viver as consequências do seu início.
“Vai ter agora uma consequência social com o fim do auxílio, que o governo pagava às pessoas. Vai ter uma demanda exacerbada em serviços de saúde, porque o tempo todo e ainda continua sendo um foco muito forte na Covid-19, e tem que ser, mas as demandas das demais doenças não deixaram de ocorrer, e isso vai exacerbar, acredito eu, esse ano a gente vai ter uma demanda maior”, disse.
Vavá destaca ainda a questão da Educação, que o ano passado foi praticamente perdido com as suas deficiências, a falta de acesso à internet por muitos alunos, enfim, os prefeitos estão chegando com desafios enormes. Ele acredita que vai ter um impacto econômico muito forte, porque acabando o auxílio emergencial, a economia não totalmente aquecida, vai impactar nas contas dos repasses.
“Talvez desafio maior o que foi desde o ano passado, em que os prefeitos que estavam apresentaram muitas dificuldades, mas pelo menos teve um auxílio do governo, e que nesse momento a gente não vê uma sinalização do governo federal devido as suas contas. De fato não vai ser fácil, vai ser realmente desafiante. Acredito, que os prefeitos novos que a gente tem feito contato, a disposição deles, a gana, eles estão dispostos, com energia, isso é importante e torcemos pra que isso efetive em menos dificuldades e mais resultados para todos nós”, disse.
Vavá deixou agora a presidência do Consórcio Intermunicipal de Saúde Entre os Vales do Mucuri e Jequitinhonha (CIS-EVMJ) após dois anos de uma gestão enxuta, responsável, deixando mais de R$ 8 milhões em caixa, está no seu segundo mandato em Caraí, e na presidência da AMUC tem muito a contribuir com os novos prefeitos que acabaram de assumir os seus cargos. Para Vavá, os prefeitos são um time, e num time cada jogador tem uma função, um defende, outro ataca, e todos têm que dar as mãos, pensar a gestão pública em unidade, pensar a nível de região.
“Meu município não está isolado. Quando uma cidade do porte de Teófilo Otoni, uma cidade polo vai bem, todos nós ganhamos. Quando uma cidade vizinha vai mal todos nós perdemos. É importante que todos possamos avançar juntos. Naquilo que humildemente eu souber e puder auxiliar, estou totalmente disponível aos colegas, porque mais uma vez somos uma equipe e a gente torce um pelo outro”.
Para Vavá, naturalmente os que estão chegando têm ideias novas que podem contribuir com os que já estavam. Os que já estavam, talvez tenham um pouco de conhecimento que podem contribuir com os que estão chegando. Devem fazer uma mescla de boas ações, de boas intenções, o propósito é o mesmo.
Ele frisa que os problemas se assemelham nos municípios, mas com o propósito sendo o mesmo e com a unidade dos prefeitos, é fácil todos levantarem voz. O que os prefeitos não podem é assistir passivamente e individualmente o que vem ocorrendo nesta região, citando as dificuldades com a Copasa, com a Copanor, pessoas sem água pra beber, sem comida, a saúde da forma que está. “Só a nossa unidade vai fazer com que a nossa voz chegue aonde deve chegar e que a gente tenha um mínimo de voz e vez”, concluiu. (Entrevista/Foto: Diário Tribuna).