Entre o que um candidato promete e o que ele é…

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Aníbal Gonçalves – Pedagogo

Aproxima-se a data para a escolha do próximo prefeito de Teófilo Otoni e há um bom número de teofilotonenses que ainda não acordou para a importância do evento.

É bom lembrar que não se trata apenas de escolher um prefeito, mas de definir a direção que Teófilo Otoni deve tomar nos próximos anos.

Sinto Teófilo Otoni sem rumo e meio que dividida entre petistas e os demais que querem mudanças – divisão que desta feita foi orquestrada por aqueles que, ungidos pelas urnas, deveriam contribuir para unir a nossa gente.

A palavra jaz inerte e não vale mais nada.

Uma parcela considerável de teofilotonenses já não crê no que diz o prefeito, pois são pueris suas desculpas quando fala de suas promessas feitas em 2016 e até hoje não cumpridas.

Como disse a escritora gaúcha Lya Luft, “o povo – os pobres, os miseráveis, os remediados e também os que têm razoável conta bancária – vive sob um dilúvio de desinformações ou informações distorcidas, sob o massacre de quase cotidianos escândalos e desculpas desastradas.”

O povo teofilotonense não pode ser arrastado para uma situação política em que a promessa vã seja a regra.

O bem-comum – que é a única razão de ser de um governo – está atingindo em cheio em Teófilo Otoni, porquanto não há transparência da atual gestão, reproduzida pela falta de respostas do Executivo municipal às dezenas e dezenas de requerimentos feitos por vereadores, visando a busca de informações que os permita fiscalizar os atos do prefeito.

Em face de tudo que nos envergonha, do que fizeram alguns petistas e alguns “aloprados” ao nosso país, os teofilotonenses devem ter mais zelo ao escolherem o próximo prefeito.

Também deve causar nojo o fato de que o PT, que sempre propagandeou seu puritanismo e sua ideologia de ser um partido de esquerda, coligar-se com um de direita – que jaz no noticiário atual graças a figura de um senador da República com dinheiro na cueca, suposto fruto de desvios da área da Saúde. E devo lembrar que, no passado, também foi noticiado que um petista foi preso com dinheiro na cueca.

O “salto alto” petista, personificado na busca a qualquer custo da reeleição do prefeito, transformou-se em uma “havaiana” adquirida no Shopping Popular de Teófilo Otoni. Mas ainda assim não se discute Teófilo Otoni e as circunstâncias nas quais a cidade se encontra.

Mas, como diz, ainda, Lya Luft, “mais do que carisma, quero preparo, compostura, equilíbrio e classe – que não relaciono a bens materiais, mas à elite dos honrados e dos capazes. Uma elite que nada tem a ver com nome, dinheiro ou cargo, que superou retrógrado conceito de que é culpada pelas desgraças da humanidade.”

Antes de se saber o que um candidato tem e promete, é preciso saber o que ele é.

Se alguns integrantes da alta cúpula petista, como assim entendeu o Judiciário, se envolveram com ilícitos e alguns foram presos e condenados – vide os exemplos de Lula, Zé Dirceu, dentre outros, resta-me a convicção de que eu não posso ser conivente com esse Estado de Coisas – falta de transparência do Executivo municipal teofilotonense e sabedor de que Daniel Sucupira é réu em um processo criminal – Número 1549161-04.2019.8.13.0000, em que ele foi acusado pelo Ministério Público de envolvimento em crime de responsabilidade enquanto prefeito.

Os Autos estão conclusos à relatoria, Des.(a) Paula Cunha e Silva. E se você ainda tem dúvida sobre o que eu estou lhe informando, acesse o link (abaixo) do Tribunal de Justiça: https://www4.tjmg.jus.br/juridico/sf/proc_movimentacoes2.jsp?listaProcessos=10000191549161000

Aníbal Gonçalves é pedagogo, graduado em Administração Escolar, ex-diretor da Escola Estadual de Coroaci – MG [hoje Dona Sinhaninha Gonçalves] e professor de Filosofia, Sociologia e História da Educação. Foi chefe do Departamento de Educação Cooperativista da CLTO. Atualmente, jornalista e radialista da 98 FM (Teófilo Otoni) e colunista do Jornal Diário Tribuna.

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