A participação da dra. Ana Cândida e do dr. Rogério na construção do laboratório de alto padrão da UFVJM

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Juliana Lemes da Cruz.
Doutoranda em Política Social – UFF.
Pesquisadora GEPAF/UFVJM.
Coordenadora do Projeto MLV.
Contato: julianalemes@id.uff.br

Um laboratório público e de alto padrão foi criado na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Campus Mucuri, em Teófilo Otoni/ MG, para realização da testagem da população para detecção da Covid-19. O Laboratório de Biologia Molecular (Lab BM) é resultado dos esforços de membros do COMITÊ TÉCNICO, CIENTÍFICO E MULTIDISCIPLINAR (CTCM), composto integralmente por servidores públicos federais, vinculados à universidade.

São técnicos e professores de diversos campos do saber, devidamente qualificados para operar os equipamentos e também, atuar diante da necessidade de articulação administrativa, técnico-científica e política do mais novo equipamento público. Até que pudéssemos prestigiar os primeiros testes, muita coisa aconteceu e muita gente esteve envolvida. Por isso, nesta edição, veremos as considerações da professora drª Ana Cândida e do professor dr. Rogério sobre suas experiências diante do processo de construção do laboratório instalado na UFVJM – Campus Mucuri.

“A ideia da montagem do laboratório surgiu da constatação da carência da região Nordeste de Minas de um ponto de referência no diagnóstico da COVID-19. A distância dos grandes centros torna o diagnóstico demasiadamente demorado e custoso. Diante deste fato, a partir do interesse de servidores da UFVJM e do poder público regional houve uma união de esforços que viabilizou a construção deste centro diagnóstico. Ocorre que, no início do projeto, observamos que a aparelhagem necessária para este laboratório poderia ser muito útil para diagnosticar diversas doenças, além de possibilitar a pesquisa científica. Sendo assim, realizamos a montagem deste laboratório de forma que sua aplicação será fundamental para a região, inclusive, após o término da pandemia”, esclareceu Ana Cândida.

Ana Cândida Araújo e Silva – Nascida em Governador Valadares e criada em Ipatinga. Formada em Farmácia/ Análises Clínicas (UFOP); mestre e doutora em Ciências Biológicas (UFMG). Está na UFVJM desde 2015. Ministra aulas de farmacologia para o curso de medicina. Atua em áreas de cicatrização cutânea, gastrointestinal e câncer.

Rogério Fernandes Macedo – Veio de Guarulhos/SP. Graduado em Ciências Econômicas (UNESP); Mestre em Sociologia (UNESP); Doutor em Sociologia (UNESP); graduando em Medicina (FAMMUC/UFVJM). Está na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) desde 2009. Áreas de atuação: várias.

1- Qual sua função nessa construção?

Ana Cândida: Participei de todo o processo. Desde a primeira reunião, desenvolvimento do projeto estrutural, definição da aparelhagem necessária, até o registro do laboratório como estabelecimento de saúde. Coordeno toda a parte de diagnósticos, sendo designada a responsável técnica durante a pandemia.

Rogério: Atuei nos diálogos interinstitucionais. Na escrita das dezenas de ofícios (50, 60, por aí). Na elaboração de planta do Lab BM; Na escrita do Termo de Cooperação Técnica (TCT) entre o CTCM e a Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni; Na escrita das respostas à Advocacia Geral da União (AGU); Na escrita e montagem do processo de aprovação da planta do LabBM, pela Vigilância Sanitária do Estado de Minas Gerais; Em alguns processos licitatórios; na primeira limpeza do LabBM; Na obtenção do cadastro nacional de estabelecimento de saúde; nas tratativas e formalização dos acordos de colaboração; bem como, dos termos de convênio para fornecimento de insumos ao LabBM e outras tantas tarefas. Atualmente, estou na coordenação geral do LabBM.

2- O que a criação do LAB BM representou para você?

Ana Cândida: Uma grande oportunidade para diminuir a distância da nossa região dos grandes centros, no que diz respeito à realização de exames diagnósticos modernos e de pesquisas científicas de ponta dentro da UFVJM.

Rogério: Um passo de extrema importância para preencher um vazio geográfico dentro da macrorregião nordeste, relacionado ao serviço de diagnóstico em biologia molecular, tanto para doenças endêmicas, epidêmicas e, quando houver, epidêmicas. Com os serviços prestados pelo LabBM, e a velocidade nos diagnósticos, a população não mais se encontrará apartada dos aparelhos laboratoriais.

3- Qual sua expectativa de futuro para nossa região com essa estrutura em pleno funcionamento?

Ana Cândida: Contribuir para a melhoria da gestão da saúde, principalmente no que se refere às doenças endêmicas na nossa região. As técnicas moleculares são de grande valia para diagnósticos. Além disso, a agilidade nos resultados dos exames, sendo aqui realizados, possibilita o desenvolvimento de melhores estratégias para o enfrentamento e controle de várias condições.

Rogério: Minha expectativa é a promoção de melhoras em vários sentidos: aumento na velocidade do diagnóstico; início mais rápido de tratamentos para doenças diagnosticadas; maior resolubilidade desses tratamentos. Ademais, tem-se como expectativa elevar o nível das pesquisas científicas, situando a UFVJM, campus Mucuri, no diminuto rol de instituições de excelência, no cenário científico nacional e mundial. Igualmente, elevar o nível das ações de extensão universitária, adensando em qualidade as ações extensionistas do campus Mucuri para a sociedade como um todo. (Juliana).

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