MOVIMENTO DO JEFERSONIANISMO E A DEFESA DA LIBERDADE

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Os traços marcantes do menino do Mucuri

A única coisa que importa é colocar em prática, com sinceridade e seriedade, aquilo em que se acredita.” – Dalai Lama

Resumo. O presente texto tem por objetivo apresentar o movimento do Jefersoniano e a liberdade, como fatores agregadores de uma sociedade sedenta de liberdade e excessos de agressões aos direitos humanos. Visa ainda traduzir uma síntese das aventuras do Menino do Mucuri que saiu de Teófilo Otoni para experimentar a cultura do mundo, trilhando, altaneiro, as emoções da vida pública, descrevendo sua trajetória profissional por meio de uma leitura de tamanha leveza.

Palavras-chaves. Jefersonianismo; liberdade; direitos humanos; afirmações.

INTRODUÇÃO

É normal conceituar restritivamente liberdade como sendo movimentos de ir e vir, além de permanecer, sem ser molestado na sua locomoção. Mas sabe-se que esse conceito de liberdade perpassa a esse conhecimento tão simples assim, para descampar o entendimento também para a liberdade de expressão, de pensamento, liberdade artística, liberdade religiosa, e quejando.

Claro que não se pretende oferecer aqui um produto pronto e acabado, mas visa estudar um pouco mais além desses conceitos privatistas, para alcançar outras afirmações bem mais amplas, de forma que haja um verdadeiro alinhamento entre liberdade formal e liberdade material traduzida pela abertura de horizontes por meio de ensinamentos sólidos capazes de tirar as vendas dos olhos do cidadão ignorante.

O conceito de liberdade passa, necessariamente, por afirmações daqueles conhecidos como heróis da liberdade, um deles, talvez o mais relevante, Thomas Jefferson, o terceiro presidente dos Estados Unidos, um dos mais influentes e responsáveis pela independência dos Estados Unidos. Uma bússola que direciona o caminho e quem se pretende percorrer veredas de lutas e guerras.

E assim, vale ressaltar de início que jefersoniano é aquele seguidor da doutrina relacionada à ideologia republicana, e dessa forma, designa-se a quem segue a plataforma defensora das liberdades de Thomas Jefferson. Um homem livre deve respirar liberdade de pensamento para estancar a hemorragia da brutalidade, fazendo seu pensamento ecoar para além-fronteiras.

Destarte, pretende-se vincular os conceitos atuais de liberdade com as ideias revolucionárias de Thomas Jefferson, claro, sem caráter exauriente e por fim, destacarão as ações da vida profissional na Segurança Pública, nas atividades acadêmicas, de caráter jefersoniano do menino do Mucuri. Uma viagem de metáforas, emocionante, cujo leitor se regozijará com as histórias de um vencedor que saiu do Mucuri para alcançar o mundo.

1. A VISÃO DE THOMAS JEFERSON ACERCA DA LIBERDADE

A Declaração de Independência dos Estados Unidos foi escrita por Thomas Jefferson, sendo a independência declarada no dia 4 de julho de 1776, colocando fim ao vínculo colonial que existia entre as Treze Colônias, nome pelo qual a região era conhecida nesse período e a Inglaterra. Dessa forma, os Estados Unidos transformaram-se na primeira nação do continente americano a ter sua independência.

Na parte exordial da Declaração, percebe-se claramente o pensamento de liberdade, de ruptura da opressão, de libertar seu povo das correntes da arbitrariedade, assim, pontuando:

Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais, dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes estão a vida, a liberdade e a procura da felicidade. Que a fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados; que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe a segurança e a felicidade. Na realidade, a prudência recomenda que não se mudem os governos instituídos há muito tempo por motivos leves e passageiros; e, assim sendo, toda experiência tem mostrado que os homens estão mais dispostos a sofrer, enquanto os males são suportáveis, do que a se desagravar, abolindo as formas a que se acostumaram. Mas quando uma longa série de abusos e usurpações, perseguindo invariavelmente o mesmo objeto, indica o desígnio de reduzi-los ao despotismo absoluto, assistem-lhes o direito, bem como o dever, de abolir tais governos e instituir novos Guardiães para sua futura segurança. Tal tem sido o sofrimento paciente destas colónias e tal agora a necessidade que as força a alterar os sistemas anteriores de governo.[1]

Chamou-se a atenção acerca de uma jurisdição insustentável, apelou-se para a justiça natural e para a magnanimidade, permanecendo também surdos à voz da justiça e da consanguinidade:

Tampouco deixamos de chamar a atenção de nossos irmãos britânicos. De tempos em tempos, os advertimos sobre as tentativas do Legislativo deles de estender sobre nós uma jurisdição insustentável. Lembramos-lhes das circunstâncias de nossa migração e estabelecimento aqui. Apelamos para a justiça natural e para a magnanimidade, e conjuramo-los, pelos laços de nosso parentesco comum, a repudiarem essas usurpações que interromperiam, inevitavelmente, nossas ligações e a nossa correspondência. Permaneceram também surdos à voz da justiça e da consanguinidade. Temos, portanto de aceitar a necessidade de denunciar nossa separação e considerá-los, como consideramos o restante dos homens, inimigos na guerra e amigos na paz.[2]

[1] Declaração de Independência dos Estados Unidos da América. Disponível em http://www4.policiamilitar.sp.gov.br/unidades/dpcdh/Normas_Direitos_Humanos/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DE%20INDEPENDENCIA%20DOS%20EUA%20-04%20de%20julho%20de%201776%20-%20PORTUGU%C3%8AS.pdf. Acesso em 21 de abril de 2021.

[2] DIEUA. (On line. 2021)

E por fim, o grito de liberdade ecoou nos ares das Colônias, pelo herói e estadista de um povo oprimido, na defesa de sua sagrada honra.

Nós, por conseguinte, representantes dos ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, reunidos em CONGRESSO GERAL, apelando para o Juiz Supremo do mundo pela retidão das nossas intenções, em nome e por autoridade do bom povo destas colónias, publicamos e declaramos solenemente: que estas colónias unidas são e de direito têm de ser ESTADOS LIVRES E INDEPENDENTES; que estão desobrigados de qualquer vassalagem para com a Coroa Britânica, e que todo vínculo político entre elas e a Grã-Bretanha está e deve ficar totalmente dissolvido; e que, como ESTADOS LIVRES E INDEPENDENTES, têm inteiro poder para declarar a guerra, concluir a paz, contrair alianças, estabelecer comércio e praticar todos os atos e ações a que têm direito os estados independentes. E em apoio desta declaração, plenos de firme confiança na proteção da Divina Providência, empenhamos mutuamente nossas vidas, nossas fortunas e nossa sagrada honra.[3]

[3] DIEUA. (On line. 2021)

2. O CARÁTER JEFERSONIANO DO MENINO DO MUCURI

Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências.  (Pablo Neruda)

Simplesmente assim, um menino nascido em 23 de abril, de família humilde, filho da dona Júlia Botelho no distrito de Mucuri, em Teófilo Otoni, berço da liberdade, nas Minas Gerais, e logo se mudou para a cidade grande, tendo fixado residência no bairro Bela Vista, zona norte do município.

Estudou em escolas públicas, a partir da Escola Sebastião Ramos, na Vila Ramos, Escola Municipal Dr. Sidônio Otoni, o que lhe dava uma prospecção de liberdade, desenhava um cenário de transformação, se livrando das amarras do ostracismo, um sinal de projeção para o mundo, amava uma linguagem estilística, um zeugma, hipérbole, preterição, anacoluto, metonímia, catacrese, oximoro, eufemismo, além de outras. Gostava de brincar com as palavras, formando seus neologismos clássicos, inicialmente para encantar os amigos de infância e de futebol do Surumaia, mas foi tomando corpo essa brincadeira, e logo se apaixonou por rios de construções léxicas, formando um oceano de paixões, uma quimera exuberante de artes de expressão, uma nuvem de curiosidade se instalou na mente do jovem do Mucuri, uma estrela iluminou suas veredas, uma obscura de absurda claridade, e essa luminosidade estampou um caminho seguro que viesse a trilhar seus oceânicos passos seguros.

Mas agora antes de trilhar por sonhos inimagináveis, tornou um artífice da moda, um alfaiate que vestiu grandes personalidades da região, com inspiração na moda italiana e francesa.

Além de modelar pessoas, estabelecendo um marketing pessoal, apreciável aos olhos do público, pretendia-se defender a sociedade, sempre propugnando pelos ideais de liberdade inspirado em Teófilo Benedito Otoni, um dos mártires da Revolução Liberal de 1842 na batalhão de Santa Luzia, no Brasil, e assim, ingressou nas fileiras da valiosa Polícia Militar de Minas Gerais, no 19º Batalhão, em 1985 como Solado de valor, homem da guerra pela paz, e assim, como Thomas Jeferson, também bradou “nós seremos soldados, assim nossos filhos podem ser fazendeiros e seus filhos podem ser artistas” e dessa forma acreditava naquele momento da história de evolução que “quando você abandona a liberdade para obter segurança, perde os dois e não merece nenhum dos dois.”

Dessa forma, resoluto, seja rasgando as montanhas de Teófilo Otoni ou Jaboticatubas, em Minas Gerais, seguia entoando, altaneiro:

Filhos de minas,
Erguendo a voz,
Anos após
Anos, lutaram
Pelas doutrinas
Que eles sonharam.
Rememoremos
Os sacrifícios
Desses patrícios
Desassombrados.
Fortes marchemos,
Eia, soldados!
Os passos desses heróis são faróis
Que segurança nos dão
E razão,
(nós) seguiremos e cada vez mais
Paz queremos em minas gerais.

De iguais misteres,
Com a mesma história,
Somos a glória,
Os descendentes
Do bravo alferes,
O Tiradentes.
No sangue temos
A nobre herança,
Toda a pujança
Dos conjurados.
Fortes marchemos,
Eia, soldados!
Os passos desses heróis
São faróis
Que segurança nos dão
E razão,
(nós) seguiremos
E cada vez mais
Paz queremos em minas gerais.

Somos a aurora,
Rútila chama,
Luz que derrama
Felicidade,
Brados de outrora,
Paz , liberdade.
Por isso honremos
Nossos varões,
Pelas ações
Já consagrados.
Fortes marchemos,
Eia, soldados!
Os passos desses heróis são faróis
Que segurança nos dão
E razão,
(nós) seguiremos
E cada vez mais
Paz queremos em Minas Gerais.[4]

E assim, durante uma dúzia de anos a fio, defendeu a Instituição de Tiradentes, honrou com galhardia a farda marrom, laborou com zelo e dedicação. Buscando sua plena liberdade, aquele menino do Mucuri agora se tornou Sargento e monitor da Companhia Escola do 19º Batalhão, formando grandes homens para a vida, tendo sido o responsável por ensinar a tropa o Título II, destinado aos princípios, direitos e garantas fundamentais do recente criado artigo 5º da Constituição Federal de 1988, uma época de mutação e vivência com novos valores, conceitos, rupturas, paradigmas, um desafio de um jovem que nasceu predestinado a vencer suas próprias limitações e ser o modelo de defesa da liberdade, dos ideais democráticos e das bases republicanas.

Mas alguns acontecimentos foram registrados, estando certo o saudoso poeta Vander Lee, quando afirmava na sua bela melodia que a vida não são flores, todo mundo quer fazer sucesso, mas ninguém quer pagar o preço. Todo mundo quer comer o fruto, mas ninguém quer subir no tronco, todo mundo quer viver de amor, mas ninguém quer o sacrifício.

[4] PMMG. Canção da Polícia Militar de Minas Gerais. Disponível em https://www.letras.mus.br/pmmg/cancao-da-policia-militar-de-minas-gerais/. Acesso em 21 de abril de 2021.

Assim, estando em João Monlevade, retornando fardado de Belo Horizonte para o Vale do Mucuri, foi abordado por um boçal Símbolo da hemorragia cerebral descontrolada numa famosa parada de ônibus da cidade, pensando que aquele jovem guerreiro estaria ali para “derrubar” uma refeição, ledo engando, sem fugir de sua ética, ostentava nas mãos a comanda do valor, porque sempre se pautou com retidão, com amor a fortaleza de caráter, que sempre pensou que a ética não deve ser encarada apenas e tão somente como mero símbolo, mas apanágio da vida pública. E para pior a situação, o jovem Praça trazia nas mãos uma obra denominada como enfrentar auditório hostil, e naquele ambiente de circo e arquibancada da fama, o vetusto e ignóbil Símbolo da Hemorragia descompensada tentava ostentar sua força bruta, usando-se da hierarquia para menosprezar o ser humano. Não se sabe o que aconteceu com essa praga, com esse embrião acelerado, mas deve estar no ostracismo pelas bandas de Montes Claros.

Mas agora o menino do Mucuri é aprovado no concorrido vestibular da Fundação Educacional Nordeste Mineiro – FENORD, em Teófilo Otoni, e ingressa no Curso de Direito em 1991, uma escada volante para se alcançar definitivamente seus ideais de liberdade. Concomitantemente com a difícil vida na caserna, concluiu a graduação em 1995, neste mesmo ano é aprovado no Concurso para Delegado de Polícia em Minas Gerais, mas como não havia concluído ainda a sua graduação, não pode se matricular no curso de formação e perde a oportunidade de ingressar na Polícia Civil mineira. No ano seguinte, é aprovado novamente neste mesmo concurso, e agora preenchendo todos os requisitos legais ingressa no curso de formação e é nomeado Delegado de Polícia de Minas Gerais, assumindo a titularidade da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos na Delegacia de Furtos e Roubos em Teófilo Otoni, sua cidade de origem.

Neste momento, depois de aproximadamente 04 anos a frente da Especializada contra o Patrimônio, novos desafios vieram, agora no incisivo combate aos crimes de Homicídios, tráfico ilícito de drogas e implacável combate ao crime organizado. Em 2005, a cidade de Teófilo Otoni vivia horrores, alarmada e apavorada com os registros de 77 homicídios por ano, as pessoas com medo de saírem às ruas, a disputa dos rivais e conflitos pela dominação do território do crime, balas pedidas, medo, pavor, tiros em praça pública em pleno desfile cívico. A investigação correndo em silêncio e sigilosamente, a ponto de um renomado jornalista da cidade afirmar que a Polícia Civil de Teófilo Otoni estava toda de férias.

Mas o que ninguém menos esperava foi quando no início de uma manhã, aparentemente calma e tranquila, a Polícia Civil se ocupou da cidade com as chaves do município, o Dr. Isaias Pontes no comando das ações, com todo aparato bélico e policial, com toda matemática logística, helicópteros riscando os céus da cidade, criminosos dominados, armas apreendidas, drogas apreendidas, enfim, a inesquecível Operação Gênesis em 2005 foi o início de uma nova era operacional em Minas Gerais. Aqui o marco histórico da cidade do Amor Fraterno na Segurança Pública, e o menino do Mucuri ali sendo festejado pela grande façanha lograda, juntamente com todos os seus colegas de serviço.

Um grande golpe contra o Crime organizado no município e a história escrita de forma indelével. Ninguém mais vai apagar isso, goste ou não, inclusive, serviu de tema de TCC em trabalhos acadêmicos de alunos de Universidades em Minas Gerais.

Em 2016, foi desencadeada a Operação êxodos, também um marco na história da cidade de Teófilo Otoni, com repercussão na imprensa do Estado conforme informações abaixo:

MEGAOPERAÇÃO CONTRA O TRÁFICO PRENDE 41. Ação iniciada em abril contou com a participação de cem policiais e desmantelou grupo que agia a partir de Teófilo Otoni.

TEÓFILO OTONI “Terminou na madrugada de ontem, com a prisão de 41 pessoas, a megaoperação de combate ao narcotráfico e ao crime organizado realizada pela Polícia Civil, na cidade de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri.

Os detidos são acusados de delitos como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, estelionato e homicídios. Cerca de cem policiais civis ” de Belo Horizonte, Governador Valadares e Teófilo Otoni ” atuaram na ação batizada de Êxodus.

De acordo com o delegado regional de Teófilo Otoni, Isaías Pontes de Melo, a operação começou a ser planejada em abril de 2006 e cumpriu seu principal objetivo: desarticular uma numerosa quadrilha de tráfico de drogas instalada em Teófilo Otoni e com atuação em várias cidades da região, além de Belo Horizonte, São Paulo e no sul da Bahia.

A investigação teve como base várias escutas telefônicas, além da quebra de sigilo bancário dos envolvidos. No total, foram 63 mandados de prisão expedidos pela Justiça. Além das prisões, a Polícia Civil apreendeu com o grupo vários celulares, duas balanças de precisão, três veículos e motos, pedras preciosas e drogas ” 3,7 kg cocaína e 2,5 kg de maconha.

Segundo o delegado titular da divisão de Tóxicos e Entorpecentes de Teófilo Otoni, Jeferson Botelho, a quadrilha chegava a movimentar R$ 120 mil por semana com o tráfico de drogas. Ele seria o braço responsável pelo abastecimento de drogas comercializadas pela quadrilha em Belo Horizonte, principalmente na Pedreira Prado Lopes e no Cafezal.[5]

As operações policiais foram realizadas não somente em Teófilo Otoni, mas em toda a região, como na Operação Águas Claras, realizada no município de Águas Formosas/MG em 2009, que desarticulou uma rede de comércio de drogas e crimes de homicídio, com ramificações em São Paulo e Bahia. As ações repercutiram em todo o Brasil, a saber:

Polícia de MG prende 21 suspeitos de tráfico de drogas.

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, nesta sexta-feira, 21 pessoas que pertenceriam a uma quadrilha de de tráfico de drogas na região nordeste do Estado, além de cidades da Bahia, Mato Grosso e São Paulo. Outros três adolescentes foram apreendidos. A Operação Águas Belas foi desencadeada em Águas Formosas, Teófilo Otoni e Governador Valadares, em Minas Gerais; em São Paulo, capital; e em Nova Viçosa, no sul da Bahia.

Ainda de acordo com o delegado, a quadrilha aliciava policiais e agentes “para auxiliarem nas ações ilícitas”. “Este grupo é apontado como responsável pelos altos índices de criminalidade naquela região e por uma extensa cadeia de crimes cometidos naquela cidade (Águas Formosas), que vão desde furtos e roubos até homicídios e chacinas, tudo fomentado pelo tráfico de drogas”, concluiu.

Na operação, foram detidos ainda um policial civil e um agente penitenciário. Eles não tiveram os nomes divulgados. Os policiais apreenderam com os criminosos 1,614 kg de maconha, três automóveis, armas e telefones celulares.

Todos os suspeitos serão denunciados por tráfico de drogas e associação ao tráfico. Se condenados, podem cumprir pena de até 15 anos de cadeia.[6]

Ainda na região, destaca-se a atuação do Menino do Mucuri nas apurações do crime do autor Adão Rocha, da região de Ladainha/MG, que matou seus 05(cinco) filhos menores numa mata da região, fato que causou grande repercussão na mídia nacional.

[5] O TEMPO. Disponível em https://www.otempo.com.br/cidades/megaoperacao-contra-o-trafico-prende-41-1.320101. Acesso em 21 de abril de 2021.

[6] PORTAL TERRA. Polícia de MG prende 21 suspeitos de tráfico de drogas. Disponível em https://www.terra.com.br/noticias/brasil/policia/policia-de-mg-prende-21-suspeitos-de-trafico-de-drogas,d6284be994e4b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html. Acesso em 22 de abril de 2021.

LAVRADOR DE MG É ACUSADO DE MATAR 5 FILHOS.

O lavrador Adão Rocha Ferreira, 48, é o principal suspeito de ter matado cinco de seus sete filhos, em Minas Gerais. Ferreira também é acusado de ter ferido gravemente duas outras filhas, E.M.R, 15, e M.M.R., 17.

Os corpos das cinco crianças, que tinham entre 3 e 11 anos, foram encontrados anteontem, já em estado de decomposição, pelo lavrador Geraldo Magela Gomes, em uma mata de difícil acesso na zona rural de Ladainha, município próximo a Teófilo Otoni (451 km de Belo Horizonte).

Até ontem à noite, Ferreira estava sendo procurado por 30 homens das Polícias Civil e Militar de Teófilo Otoni e Malacacheta.

Mau cheiro – Geraldo Gomes encontrou os corpos ao sentir o mau cheiro. Ele achou também no local dois cachorros mortos e pendurados em árvores, cerca de 5 kg de farinha, uma rapadura e uma chaleira com um líquido. “Se a gente o encontrar, é capaz até de dar trabalho para fazer perícia”, disse Gomes, devido à revolta dos moradores.

A Justiça de Teófilo Otoni decretou a prisão preventiva de Ferreira ontem. Segundo o delegado Jeferson Pereira, que preside o inquérito, a suspeita é que as crianças tenham sido envenenadas, já que não apresentavam sinais de espancamento.

Os alimentos encontrados no local e as vísceras das vítimas foram enviados a Belo Horizonte, onde será realizada perícia para a determinação da causa das mortes.

O crime aconteceu há dez dias, em 5 de janeiro, quando Ferreira se desentendeu com a família e agrediu duas filhas com golpes de machado na cabeça.

A mulher do lavrador e mãe das cinco crianças mortas, Josefina Moreira Rocha, fugiu da casa, com medo de ser agredida.

O lavrador trancou as filhas feridas em casa e saiu com as cinco crianças -Laurete Moreira Rocha, 3, Joana Rocha Ferreira, 5, Júlio Moreira Rocha, 6, João Rocha Ferreira dos Santos, 8, e José Lico Rocha Ferreira, 11- em direção à mata.

As adolescentes conseguiram fugir e foram internadas em dois hospitais de Teófilo Otoni, em estado grave. Ontem, os hospitais informaram que o estado de saúde delas era estável, mas não havia previsão de alta. No dia 6, policiais de Ladainha foram à casa do lavrador, mas não o encontraram.

“Ele era muito ruim para a gente”, disse Josefina. Ela não soube dizer qual foi o motivo da raiva do marido e afirmou temer que ele volte para matá-la. Márcio Alves Gonçalves, irmão de Ferreira, disse que não tem dúvidas de que o lavrador é o autor do crime. “Foi ele mesmo, com certeza.”[7]

Mas talvez tenha sido mesmo o início de uma época memorável na cidade, porque um tempo depois esse menino do Mucuri, amante da liberdade estava na tríplice divisa Brasil, Paraguai e Argentina, comandando a inesquecível Operação Apocalipse, prendeu traficantes de Minas Gerais, desarticulou uma rede internacional do crime organizado, e no aeroporto de Confins em Belo Horizonte com toda sua equipe de policiais afirmava que “o crime se estabelece onde o Estado se mostra ausente”.

[7] JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO. Lavrador de MG é acusado de matar 5 filhos. Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff15019910.htm. Acesso em 22 de abril de 2021.

3. A CHEFIA DA DELEGACIA REGIONAL DE GOVERNADOR VALADARES

Numa sexta-feira, o menino do Mucuri estava de Plantão na Regional de Teófilo Otoni, por volta das 20 horas, quando recebeu uma ligação telefônica do então Superintendente de Investigação de Polícia Judiciária da Polícia Civil de Minas Gerais Dr. Gustavo Botelho, o que de início levou um grande susto, não era comum receber uma ligação de um membro do Conselho Superior da Polícia Civil, e ali, depois de verificar de que não se tratava de um trote, a autoridade do Egrégio Conselho virou e disse ao Menino do Mucuri, que ele assumiria a Regional de uma importante cidade de Minas Gerais e que não haveria necessidade de mudar nem mesmo o número do celular porque o DDD seria 033, e logo o MM – Menino do Mucuri pensou na simpática Nanuque, se esquecendo de outros municípios com o mesmo DDD, e logo o Superintendente informou que seria Governador Valadares, cuja informação não poderia ser repassada a ninguém até a publicação do ato no Diário Oficial que seria a meia noite daquele mesmo dia.

Desesperado, o menino do Mucuri, por fidelidade, comentou o fato ao Dr. Isaias Pontes, e ato contínuo se dirigiu ao bairro Filadélfia, e em profunda ansiedade, contou ao amigo investigador de Polícia, Carlos Alberto, a quem o convidou para ser o seu Inspetor de Investigador em Governador Valadares, mas seu amigo alegou problemas de saúde na família, a esposa dele, perita Adriana estava lutando contra uma enfermidade incurável, e por isso não poderia aceitar o convite. Claro, plenamente justificado. A perita Adriana era amada por todos, exemplo de profissional que enalteceu a Polícia Civil e coloriu a vida com sua bela presença entre nós, infelizmente, partiu muito cedo, queríamos mais desfrutar da presença dela em nosso meio, mas Deus sabe de todas as coisas.

Cabisbaixo, o menino do Mucuri se dirigiu a sua casa para dividir a honrosa missão com sua maior confidente, o amor de sua vida, esposa Beth, que sempre o apoiou nas missões, ali mesmo depois das informações recebidas, hipotecou irrestrito apoio, e já começou a preparar as malas de viagem para o embarque ao Vale do Rio Doce.

Chegando em Governador Valadares, a princesa do Vale do Rio Doce, Figueira do Vale, logo esse menino fixa residência ali mesmo próximo à Delegacia Regional, no bairro de Lourdes, e começa a escrever uma nova história na sua vida. Uma Unidade problemática, com incidência de desvio de conduta de alguns servidores, problemas gravíssimos em alguns setores, aliado ao alto índice de homicídios, tráfico ilícito de drogas, crime organizado, e um sistema de justiça criminal desunido, individualista, vaidoso, gente que se afirmava ser o próprio Deus, um emaranhado de vaidades de gente arrogante e sem noção.

Em contrapartida, um grupo de policiais civis que honram e dignificam a Instituição, profissionais de valor, homens de caráter, abnegados, gente diferenciada no cumprimento da missão.

Mas no seu estilo de minero, o novo gestor começa a mostrar o seu valor. Sabe aquelas operações realizadas em Teófilo Otoni? O menino começa a estancar a hemorragia do crime organizado na cidade, operações de repressão qualificada, como aquela noticiada pelo Portal O Tempo, em 24 de agosto de 2011, in verbis:

POLICIAIS VASCULHAM RUAS DE GOVERNADOR VALADARES. Helicóptero foi usado para auxiliar no cumprimento de 93 mandados.

“(…) Principal cidade do Vale do Rio Doce, Governador Valadares amanheceu ontem tomada por policiais militares e civis que participaram de uma operação conjunta de combate à criminalidade. Ruas de 25 bairros do município foram vasculhadas por 120 viaturas e 650 policiais que cumpriram 93 mandados de busca e apreensão.

Durante a operação Vesúvio, considerada a maior já realizada na cidade, 12 pessoas foram presas. Entre elas estão suspeitos de homicídios, traficantes de drogas e suspeitos de latrocínio, formação de quadrilha e roubo. No total, foram apreendidos sete armas, drogas, munições de diversos calibres e mais de R$ 3.000 em dinheiro.

De acordo com o delegado regional do 8º Departamento de Polícia Civil, Jeferson Botelho, a operação foi desencadeada após 90 dias de investigações da ação dos criminosos, principalmente de traficantes. Botelho explicou que o confronto entre gangues rivais que disputam o comando do tráfico de drogas provocou uma onda de homicídios na cidade.

Dados apresentados pelo delegado apontam que de janeiro a agosto deste ano, 82 pessoas foram assassinadas em Valadares. No mesmo período do ano passado, foram 70 homicídios.

Segundo Botelho, apesar do número considerado pequeno de prisões e apreensões, o resultado da operação foi positivo. “O fato de a polícia estar presente e provocar essa inquietação no crime organizado é uma maneira de inibir a ação desses criminosos”.

Durante a operação, um helicóptero deu apoio à ação dos policiais que seguiam por terra ajudados por cães farejadores. Entre os locais vistoriados estavam casas de traficantes e suspeitos de homicídios. Uma chácara chegou a ser vasculhada pelos policiais, mas nada foi encontrado no local. Os suspeitos presos foram encaminhados para a cadeia pública de Governador Valadares e o material apreendido para a Delegacia Regional(…)”

Além da Operação Vesúvio, outras tantas foram deflagradas na cidade e região, como Romanos, São Geraldo, Momo, Assepsia, Pessach, Pelicano, Ratoeira, além de outras.

4. A CHEGADA NA CHEFIA DO 2º DEPARTAMENTO DE POLÍCIA CIVIL EM CONTAGEM.

Aos dez dias após ter sido promovido a Delegado de Polícia nível Geral da carreira, por merecimento, sem necessidade de ficar correndo atrás de chefias e de ficar puxando o saco de políticos para ser promovido, e isso pode ser comprovado abertamente, caso algum leitor queira contestar essa informação, esse menino do Mucuri estava trabalhando normalmente na Delegacia Regional de Polícia Civil em Governador quando recebeu um telefonema do então Superintendente de Investigações de Polícia Judiciária, Dr. Gustavo Botelho, sem nenhum laço parentesco com este relator, informando que poderia arrumar as malas para apresentar em Contagem, onde assumiria a chefia do 2º Departamento de Polícia Civil.

Sem titubear, arrumou a bagagem e no dia seguinte estava desembarcando na RMBH, assumindo efetivamente a chefia do 2º Departamento de Polícia Civil, um dos mais importante do Estado em termo de impacto de crimes violentos. A partir de então, além de Contagem, o menino de Mucuri tinha sob sua responsabilidade, Contagem, Betim, Ribeirão das Neves, Ibirité, Juatuba, Esmeralda, Bonfim, Piedade das Gerais, Igarapé, São Joaquim de Bicas, Mateus Leme, Brumadinho, Sarzedo, além de outros.

Tendo assumido a chefia do citado Departamento, logo veio a primeira dificuldade. Todo mundo desconfiado, porque estaria assumindo a Chefia, alguém vindo do interior de Minas, um sotaque estranho, o menino era chamado de baiano. Bastou a convocação de uma reunião com todo o efetivo do Departamento de Polícia, marcado para a Câmara Municipal de Contagem, onde esse menino do Mucuri abordando temática sobre o combate ao crime organizado, e tudo se resolveu ali mesmo. Pensaram que o menino era bobo.

Em Contagem, esse menino do Mucuri desencadeou inúmeros operações de repressão qualificada, exerceu incisivo combate ao tráfico ilícito de drogas, combateu o crime de homicídios, realizou diversas palestras de prevenção a drogas, em entidades educacionais, policiais, faculdades, e até em churrascarias.

Destaque-se a deflagração da Operação Metamorfose, em Igarapé, que desarticulou uma quadrilha organizada, conforme se vê abaixo:

Operação Metamorfose é realizada em Igarapé Na terça-feira (5/6), foi realizada, pela Delegacia de Igarapé, a Operação Metamorfose, para cumprir 15 mandados de prisão e de busca e apreensão no município. Foram empenhadas 13 equipes, com quatro policiais civis cada, além uma equipe do Grupo de Operações Especiais (GOE) e uma equipe do Canil da Polícia Civil. De acordo com o chefe do 2º Departamento, delegado Jeferson Botelho, a operação teve como objetivo reprimir o tráfico de drogas e a criminalidade. “A Operação Metamorfose foi fruto de intenso trabalho de inteligência policial, com monitoramento dos alvos há cerca de dois meses”, ressaltou.[8]

Como tudo foi ocorrendo naturalmente em sua vida profissional, sem bajulações, sem estrelismos, mais uma vez, se destacou no combate ao crime em Minas Gerais, agora trabalhando numa região de maior visibilidade.

[8] IGARAPÉ. Operação Metaformose. Disponível em file:///C:/Users/jefer/Downloads/noticia.pdf. Acesso em 21 de abril de 2021.

5. A ASSUNÇÃO NA CHEFIA DA SUPERINTENDÊNCIA DE INVESTIGAÇÃO E POLÍCIA JUDICIÁRIA DE MINAS GERAIS

Agora mais um capítulo se escreve, uma nova história na vida deste Menino do Mucuri. Como sói acontecer, num dia qualquer, uma rotina profissional, estava no banheiro de sua casa, aparando a barba, às 06 horas, se preparando para o trabalho de rotina, o telefone ligado em cima da pia no banheiro social. Quando de repente, o telefone toca, e no visor do aparelho aparece o número do Chefe de Polícia Civil de Minas Gerais, Dr. Cylton Brandão da Mata, e claro, imediatamente um tremendo susto, e logo o pensamento, meu Deus, será que fiz alguma coisa errada!

O Menino do Mucuri atendeu ao telefone, e logo o chefe dizia que queria conversar com o jovem Delegado de Polícia, no gabinete dele, na Cidade Administrativa em Belo Horizonte, naquele mesmo dia e que ele fosse direto para o gabinete do Chefe. E assim, logo vieram sentimentos de medo, a desconfiança, afinal de contas, nunca havia falado com um Chefe de Polícia. Imediatamente, houve brusca mudança de planos, o terno que vestiria naquele dia não era mais o mesmo, o sapato também era outro, a gravata foi selecionada, enfim, o marketing pessoal deveria ser o melhor, e agora estava indo falar com o Chefe de polícia.

Chegando no gabinete do Chefe de Polícia, foi anunciado a sua presença para a Secretária que fica bem de frente ao gabinete do Chefe. O menino de Mucuri chegou, o cumprimentou com toda cortesia que merece um Chefe de Polícia, e não era simplesmente um Chefe qualquer, era o Dr. Cylton Brandão da Mata, pessoa respeitada e honrada, que logo em poucas conversas disse que tinha um novo desafio, uma nova missão e logo informou ao Menino do Mucuri que ele seria o mais novo Superintendente de investigações e Polícia Judiciária de Minas Gerais, e que o ato administrativo seria publicado naquele mesmo dia no Diário Oficial do Estado. Isso lhe causou enorme surpresa, pois nunca tinha imaginado um dia chegar a essa posição nobre, Superintendente de Polícia e Membro do Egrégio Conselho Superior da Polícia Civil de Minas Gerais.

Essa conversa aconteceu de manhã, e durante todo o dia, não pode comentar com ninguém acerca desse convite. Ainda no gabinete da Chefia, muito surpreso com toda aquela situação, o menino do Mucuri perguntou ao Chefe: Por que o seu nome foi escolhido para ser o Superintendente da Polícia Civil, sem que tivesse trocado ao menos uma palavra, sem que o chefe o conhecesse?  

Ao que o Chefe de Polícia respondeu: – Além de ser Delegado de Polícia, conheço pessoas em Teófilo Otoni, Governador Valadares e Contagem, e conhecendo pessoas, como investigador de polícia que também sou, logo te conheço também.

Retornando muito feliz para continuar aquele dia de trabalho em Contagem, teve que ficar calado, até que por volta das 21 horas, quando o menino do Mucuri ligou para o seu Inspetor Geral de Investigador, Valter Passos, profissional de reconhecido respeito, confiança, e lhe disse que precisava conversar um assunto. Valter Passos estava na casa dele, próximo à PUC de Contagem, e aí o menino do Mucuri se dirigiu a casa dele para contar tudo sobre esse convite recebido, já que faltavam horas apenas para a publicação do ato no Diário Oficial. Ali mesmo foi uma alegria imensa, ensaiou-se uma pequena confraternização, quando outra vez, o seu telefone do Menino do Mucuri toca novamente, era de novo o Chefe de Polícia, que perguntou-lhe: você tem algum envolvendo político com algum partido?  

Claro que a resposta foi negativa, o Menino do Mucuri odeia política partidária, nunca precisou de política para conquistar o seu espaço. O Chefe perguntou pela segunda vez, e agora indaga se ele tinha uma foto com um candidato a prefeito de Belo Horizonte, do Partido dos Trabalhadores, tipo com os braços estendidos numa espécie de veneração ao candidato, claro que a resposta mais uma vez foi negativa, mesmo porque esse Menino de Mucuri reafirma que não gosta de política partidária, nunca alimentou sonhos por cargos políticos.

Outro fato relevante deve ser contado nesse enredo. Tinha uma galera da Polícia de Teófilo Otoni trabalhando a produção do Filme Letras do Crime. O Menino do Mucuri estava na cidade acompanhando o Chefe de Polícia numa solenidade de posse de um Chefe de Departamento. A galera da Polícia então pediu ao Chefe da Polícia permissão para filmar o helicóptero da PC que estava estacionando, com motor desligado, no aeroporto da cidade, seria simplesmente fazer uma imagem de um equipamento público, nada mais além disso. Todo mundo tem celular, e pode fotografar qualquer coisa que esteja posto publicamente. Recebida a permissão, imagens foram realizadas, de um equipamento de domínio público, mas chegando em BH, um servidor que pretendia ardentemente assumir a chefia de Polícia e que tinha uma relação de amizade com uma repórter fracassada de uma rede de TV, então essa repórter, de posse da notícia, sem trabalhar a informação, tentou vincular a imagem que os policiais fizeram do helicóptero à produção do filme. Coisas engendradas por pessoas desse tipo que almejam alcançar cargos derrubando os outros.

Tudo isso passou. Claro que o Menino do Mucuri, agora já no exercício do cargo de Superintendente de Investigações, numa visita ao Chefe de Polícia, foi-lhe mostrado uma foto de uma pessoa com um candidato a prefeito de Belo Horizonte, e desta feita afirmou que não se tratava da pessoa dele, embora muito parecida. Vida que segue, o mais novo Superintendente de Investigações e Polícia Judiciária se dirige ao seu novo gabinete e começa suas atividades a frente da nova Pasta, mas confessa que ficou muito intrigado com aquela situação da foto, muito triste, porque imaginava que tinha alguém fazendo alguma armadilha, uma montagem e uma casinha se caboclo para ele, e de forma despretensiosa, comenta esse momento de angústia com o Inspetor geral, investigador de Polícia Carlos.

E mais uma vez, o menino do Mucuri que não chegou em Belo Horizonte para demonstrar o ponto fraco de sua fé, mas motivo pelo amor de Deus começa a trabalhar arduamente. Começa a coordenar as principais ações da Polícia Civil em Minas Gerais, combate ao tráfico de drogas, ao crime de homicídio, e uma implacável investigação no Estado de Minas, em parceria com outros Estados limítrofes da Federação para o incisivo combate aos crimes de estouros de caixas eletrônicos em toda Minas Gerais, não dando sucesso ao chamado Novo Cangaço, a exemplo do que ocorreu na exitosa e maior Operação da história de Minas para combate a essa modalidade de crimes, na cidade de Itamontes, em parceria com policiais de São Paulo.

Outra ocorrência de destaque foi o resgate de uma criança no Rio de Janeiro que havia sido sequestrada em frente à estação rodoviária, no centro de Belo Horizonte. Dias depois do fato, o Menino do Mucuri desembarcava no aeroporto Santos Dumont no Rio de Janeiro para trazer a criança de volta para Minas Gerais.

Em seu portfólio de realizações na SIPJ, consta a desarticulação da principal organização criminosa do Brasil de venda de vagas em Vestibular de Medicina, com a prisão de vários criminosos, ações que mereceram destaques nos principais meios de comunicação do país.

No Portal hoje em Dia, destacou: Quadrilha presa por fraude em vestibulares vendia vaga em Medicina por até R$ 140 mil em MG e RJ. Hoje em Dia. 03/12/2013 – 17h25 – Atualizado 04h59

A quadrilha que foi presa durante operação contra a venda de vagas nos cursos de Medicina em faculdades particulares de Minas Gerais e do Rio de Janeiro cobrava entre R$ 30 mil a R$ 140 mil por cada comercialização ilegal. Vinte e um integrantes do grupo, que chegou a lucrar pelo menos R$ 3 milhões, foram presos nesta terça-feira (3), durante a ação, feita pela Polícia Civil e intitulada de “Hemostase”. O nome foi dado em alusão ao procedimento médico para conter hemorragias. A operação foi iniciada há oito meses pela Delegacia Regional de Caratinga, no Vale do Aço. A sede da comarca judicial expediu 21 mandados de prisão e outros 32 de busca e apreensão. Uma equipe de 180 policiais se dividiu entre 17 cidades de Minas e do Rio de Janeiro, utilizando 38 viaturas e um helicóptero. “As prisões e apreensões fecham uma etapa importante da investigação, mas o trabalho não termina aqui. Pelo contrário, vamos aprofundar os levantamentos a fim de solidificar ainda mais a nossa convicção de que desvendamos um esquema criminoso altamente rentável e que permitia a entrada de profissionais despreparados no mercado da Medicina”, disse o superintendente de Investigações e Polícia Judiciária, delegado Jeferson Botelho, que supervisionou a ação.[9]

A operação também mereceu reportagem da Equipe do Fantástico, que exibiu toda a matéria para o Brasil.

“(…) um dos chefes da quadrilha e ostentava o luxo conquistado com fraudes nos vestibulares nos vestibulares de Medicina e no Enem. O esquema foi desmantelado pela polícia(…)[10]

Foram as inúmeras ações efetivas na Segurança Pública de Minas Gerais, talvez o maior deles, o planejamento estratégico da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, com Minas Gerais sendo subsede da Copa, recebendo seleções importantes como a da Argentina, Uruguai e Chile. É certo que rolou um banquete de ciúmes nas ações, afinal de contas a presença do menino do Mucuri incomodava muita gente, mas tudo aconteceu dentro da normalidade prevista.

Outro traço marcante foi a gestão pública apostando na força da Mulher à frente de inúmeras Unidades da Polícia Civil de Minas Gerais, como aconteceu nas cidades de Governador Valadares, Juiz de Fora, Ipatinga, Juatuba, Ribeirão das Neves, Conselheiro Lafaiete, além de outras que na sua gestão, assumiram a missão relevante como sendo as primeiras mulheres a assumiram as Delegacias Regionais de Polícia Civil.  Na sua gestão, criou o NAVICRADI, a primeira Unidade Policial de combate a crimes de discriminação racial, intolerância e outras formas de discriminação.

Também na sua gestão a frente da Superintendência de Investigação e Polícia Judiciária, criou a primeira Unidade de combate a crimes contra animais, e atendendo a uma longa reivindicação, criou e inaugurou a Delegacia Regional da importante cidade de Nova Serrana.

Outro fato importante ocorrido em sua missão na Polícia Civil de Minas Gerais, foi fazer parte da equipe de criação da Resolução Normativa das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher – DEAMs em Minas Gerais.

O leitor atento se lembra da foto com o suposto candidato a prefeito de Belo Horizonte. Pois bem. Num belo dia, estando em seu gabinete, o menino de Mucuri recebe uma ligação do Inspetor geral, o investigador Carlinhos, dizendo que havia localizado o moço da fotografia e se poderia levá-lo ao seu gabinete. Claro, não demorou muito tempo, estava ali na sua frente o sósia do menino do Mucuri que efetivamente estava com o candidato a Prefeito de Belo Horizonte pelo Partido dos Trabalhadores.

Tratava-se de um jornalista e apresentador do programa Minas ao Luar, um Projeto do SESC de valorização da música brasileira em parceria com a Rede Globo de Televisão. Nesse momento, o menino do Mucuri e o apresentador do Programa Minas ao Luar posaram-se para uma sessão de fotos, e tudo ficou esclarecido, que na verdade, tudo foi inventado por um canalhocrata de plantão, era mais um invejoso, cheio de maldades querendo destruir o futuro de um profissional sério e comprometido com os ideais de liberdade, amante da ética, um homem verdadeiramente ungido por Deus.

[9] PORTAL HOJE EM DIA. Disponível em https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/quadrilha-presa-por-fraude-em-vestibulares-vendia-vaga-em-medicina-por-at%C3%A9-r-140-mil-em-mg-e-rj-1.225782. Acesso em 21 de abril de 2021.

[10] PROGRAMA FANTÁSTICO. Disponível em https://globoplay.globo.com/v/3800413/. Acesso em 21 de abril de 2021.

6. A MUDANÇA DE GOVERNO E A CHEFIA DE POLÍCIA CIVIL EM MINAS GERAIS.

Com a mudança de governo, em 2015, logo vieram as especulações em torno do novo nome que assumiria a Chefia de Polícia Civil de Minas Gerais. Em razão do trabalho muito proativo prestado pelo Menino do Mucuri em todas os cargos que exerceu na Polícia Civil de Minas, é natural que o seu nome fosse lembrado para essa missão nobre. Com as intercorrências que todos sabem que acontecem, às vezes com acusações infundadas, anônimas, fruto de quem não tem caráter, mais uma vez, o Menino do Mucuri se viu numa situação eminentemente constrangedora.

O Menino do Mucuri foi chamado à Assembleia Legislativa de Minas Gerais para uma conversa com um deputado estadual do PT, partido que havia vencido as eleições naquela ocasião. Chegando no gabinete desse deputado, a contragosto, já se afirmou não gostar desse povo, o menino do Mucuri entrou e se sentou numa cadeira no gabinete do parlamentar que falava ao telefone fixo da Casa parlamentar, com um interlocutor desconhecido.

Os dois falavam alto, o deputado alegava que estava com disenteria e por isso estava “cagando nas calças”, exatamente esse o termo utilizado pelo nobre parlamentar. Terminada aquela conversa sem futuro, desagradável, o parlamentar nem pediu ao Menino do Mucuri para se assentar, foi logo dizendo que o seu trabalho era muito bom, mas que o Menino do Mucuri era vinculado ao governo que perdeu as eleições e por isso não tinha espaço no governo do Partido dos Trabalhadores.

Ao ouvir essa asneira vomitada da boca imunda daquele parlamentar, simplesmente, o Menino do Mucuri pediu licença e foi embora, sem nada dizer, já que na porta de entrada da Assembleia Legislativa um amigo Procurador de Justiça lhe esperava para uma carona de volta.

7. A TRAJETÓRIA ACADÊMICA DO MENINO DO MUCURI

A história de vida acadêmica do Menino do Mucuri começa com um fato interessante no Brasil. Em 1997, a imprensa brasileira estampava nos principais noticiários os atos de violência de parte de policiais militares de São Paulo numa blitz, que acabam por torturar e matar um trabalhador abordado, tudo filmado com detalhes. Na época, tramitava no Congresso Nacional um Projeto de Lei que visava criminalizar a tortura, imperativo constitucional, art.5º, inciso XLIII, CF/88, e mesmo porque o Brasil é signatário de alguns Tratados Internacionais de Direitos Humanos que orientam a punição para essa prática hedionda no país, a exemplo da CONVENÇÃO CONTRA A TORTURA E OUTROS TRATAMENTOS
OU PENAS CRUÉIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES, ratificada pelo Decreto nº 40, de 15 de fevereiro de 1991.

Um tempo depois, esse projeto de lei é votado, aprovado e publicado, nascendo a Lei de Tortura no Brasil, Lei nº 9.455, de 1997. Depois desse episódio, abre um campo de discussão sobre a real finalidade da Justiça Militar no Brasil. Nesse mesmo contexto, o Menino do Mucuri tinha recém terminado o Curso de Delegado de Polícia na Academia de Polícia Civil de Minas Gerais, e retornava para Teófilo Otoni. Sendo egresso da Polícia Militar de Minas Gerais, o Menino do Mucuri foi chamado para ministrar uma palestra na Faculdade de Direito de Teófilo Otoni – FENORD, sobre a Justiça Castrense no Brasil.

O Menino do Mucuri ministrou a palestra e retornando para o seu trabalho na Delegacia de Furtos e Roubos. Até aí tudo bem. Pouco tempo depois, num final das atividades acadêmicas na citada Faculdade, o Professor de Processo Penal quebrou o pé e a Instituição de Ensino Superior necessitou de um professor para substituir e então o Menino do Mucuri foi convidado para ministrar aproximadamente dois meses de aulas sobre Direito Penitenciário, isso em 1997. Depois desses dois meses de aula, o Menino do Mucuri se efetivou na docência do ensino superior, permanecendo por mais de 15 anos lecionando na FENORD, a frente da cátedra de Teoria Geral do Processo, Direito Penal, parte geral, Legislação Especial, Instituições de Direito Público e Privado, nas Faculdade de Direito e Administração.

Também lecionou nas Faculdades Doctum, em Teófilo Otoni, ministrando as disciplinas de Direito Penal e Processo penal. O menino do Mucuri também ministra aulas de Direito Penal e Combate ao Crime Organizado para o Curso de Pós-Graduação em Direito Penal e Processo Penal nas Faculdades Estácio de Sá, em Belo Horizonte, e FADIVALE, em Governador Valadares.

Atualmente, é professor de Cursinhos preparatórios para a carreira Policial, em Belo Horizonte e Teófilo Otoni. Também, é professor licenciado da Faculdade Presidente Antônio Carlos – UNIPAC, campus Teófilo Otoni, onde leciona as disciplinas de Direito Penal, parte geral e especial, Processo Penal.

O Menino do Mucuri ainda possui especialização em Combate à corrupção, crime organizado e Antiterrorismo pela Universidad DSalamanca, Espanha, 40ª curso de Especialização em Direito. Mestrando em Ciências das Religiões pela Faculdade Unida de Vitória/ES. Participação no 1º Estado Social, neoliberalismo e desenvolvimento social e econômico, Universidad DSalamanca, 19/01/2017, Espanha, 2017. Participação no 2º Taller Desenvolvimento social numa sociedade de Risco e as novas Ameaças aos Direitos Fundamentais, 24/01/2017, Universidad DSalamanca, Espanha, 2017. Participação no 3º Taller A solução de conflitos no âmbito do Direito Privado, 26/01/2017, Universidad DSalamanca, Espanha, 2017. Jornada Internacional Comjib-VSAL EL espaço jurídico ibero-americano: Oportunidades e Desafios Compartidos. Participação no Seminário A relação entre União Europeia e América Latina, em 23 de janeiro de 2017. Apresentação em Taller Avanço Social numa Sociedade de Risco e a proteção dos direitos fundamentais, celebrado em 24 de janeiro de 2017. Doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidad Del Museo Social Argentino, Buenos Aires – Argentina, autor do Livro Tráfico e Uso Ilícitos de Drogas: Atividade sindical complexa e ameaça transnacional, Editora JHMIZUNO, Participação no Livro: Lei nº 12.403/2011 na Prática – Alterações da Novel legislação e os Delegados de Polícia, Participação no Livro Comentários ao Projeto do Novo Código Penal PLS nº 236/2012, Editora Impetus, Participação no Livro Atividade Policial, 6ª Edição, Autor Rogério Greco, Coautor do Livro Manual de Processo Penal, 2015, 1ª Edição Editora D´Plácido, Autor do Livro Elementos do Direito Penal, 1ª edição, Editora D´Plácido, Belo Horizonte, 2016. Coautor do Livro RELEITURA DE CASOS CÉLEBRES. Julgamento complexo no Brasil. Editora Conhecimento – Belo Horizonte. Ano 2020. Articulista em Revistas Jurídicas, Professor em Cursos preparatórios para Concurso Público, palestrante em Seminários e Congressos.  

É advogado criminalista em Minas Gerais. OAB/MG. Condecorações: Medalha da Inconfidência Mineira em Ouro Preto em 2013, conferida pelo Governo do Estado, Medalha de Mérito Legislativo da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, 2013, Medalha Santos Dumont, conferida pelo Governo do Estado de Minas Gerais, em 2013, Medalha Circuito das Águas, em 2014, Conferida Conselho da Medalha de São Lourenço/MG. Medalha Garimpeiro do ano de 2013, em Teófilo Otoni, Medalha Sesquicentenária em Teófilo Otoni. Medalha Imperador Dom Pedro II, do Corpo de Bombeiros, 29/08/2014, Medalha Gilberto Porto, Grau Ouro, pela Academia de Polícia Civil em Belo Horizonte – 2015, Medalha do Mérito Estudantil da UETO – União Estudantil de Teófilo Otoni, junho/2016, Título de Cidadão Honorário de Governador Valadares/MG, em 2012, Contagem/MG em 2013 e Belo Horizonte/MG, em 2013.

Autor do livro Tráfico e Uso Ilícitos de Drogas: atividade sindical complexa e ameaça transnacional (JH Mizuno). Participação nos livros: “Lei 12.403/2011 na Prática – Alterações da Novel legislação e os Delegados de Polícia”, “Comentários ao Projeto do Novo Código Penal PLS 236/2012”, e “Atividade Policial” (coord. Prof. Rogério Greco), da Impetus. Articulista em Revistas Jurídicas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os grandes feitos são conseguidos não pela força, mas pela perseverança. (Samuel Johnson)

O início deste pequeno texto se deu abordando as ideias do herói da liberdade, Thomas Jefferson. E numa segunda parte, discorreu-se sobre a forma de alcançar a liberdade adotada pelo Menino do Mucuri, que logo cedo, na sua adolescência, aprendeu-se com o decálogo do idealizador da Independência dos Estados Unidos, que não são as riquezas nem o esplendor, e sim a tranquilidade e o trabalho, os que proporcionam a felicidade. Que resistência aos tiranos é obediência a Deus, e para os problemas de estilo, nade com a corrente; para os problemas de princípios, seja firme como um rochedo.

Destarte, não é a riqueza nem a pompa, mas a tranquilidade e a ocupação que dão felicidade. Quando um homem assume uma função pública, deve considerar-se propriedade do público. Quando os homens são puros, as leis são desnecessárias; quando são corruptos, as leis são inúteis. Jurei, perante o altar de Deus, eterna hostilidade a toda forma de tirania sobre o espírito do homem. O preço da liberdade é a vigilância eterna. Espero que a nossa sabedoria cresça com a nossa força, e que nos ensine que quanto menos usamos nossa força, maior ela será e por fim, o ridículo é a única arma que pode ser usada contra proposições ininteligíveis.

Ficou claramente definida parte da pequena história do Menino do Mucuri, que além de tudo que foi exposto, com inequívoca demonstração de sua estratégia para perseguir a liberdade, às vezes teve que restringir a sua própria liberdade para proteger a liberdade da grande maioria da sociedade, teve que recolher-se em locais variados em face das constantes ameaças de morte que sofreu e que ainda vem sofrendo essas ameaças, mas logo na infância elegeu a sabedoria transformadora da educação, escolheu ser feliz apostando em sua cultura, se homiziou nas matas do Bela Vista, quando ainda tinha, para estudar toda a gramática da língua portuguesa, porque logo se apaixonou pelas figuras de construção, pelas poesias líricas, o romantismo como movimento literário, para depois passar no concurso da Polícia Militar de Minas Gerais, tendo feito provas de ingresso no antigo Colégio São José em Teófilo Otoni, para depois de alcançar a possibilidade de pagar uma Faculdade particular, estudar e passar num concorrido vestibular para o curso de Direito da FENORD, onde se casou com o Direito Penal sem direito a divórcio.

Pode-se afirmar com todas as letras, sem nenhuma margem de erro, que não se consegue contar a história da Segurança Pública em Minas Gerais, sem mencionar as ações exitosas da Policia Civil, com participação fundamental do Menino do Mucuri, notadamente, em Teófilo Otoni, Águas Formosas, Malacacheta, Governador Valadares, Contagem, Belo Horizonte, Machado, Poços de Caldas, Ribeirão das Neves, além de outras ações em parceria com o Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Goiás, Bahia, e outros países como Paraguai e Estados Unidos.

Percebeu-se que durante sua vivência nas Instituições Policiais, o Menino do Mucuri, apelido recebido de um amigo investigador da Delegacia Regional de Polícia em Governador Valadares, sofreu horrores, perseguições de bandidos dentro e fora das Instituições. Mas soube desvencilhar-se das armadilhas de sanguessugas e bocais da Administração Pública, teve e ainda tem honradez de rocha para se livrar das falcatruas do serviço público, e hoje tem a capacidade de traduzir no papel todo seu sentimento de alegria e profunda tristeza quando se depara com atrozes e abutres do setor público.

Mas por exemplo, em Governador Valadares a imprensa não queria nem pensar num Delegado de Polícia de Teófilo Otoni, assumindo a Regional da cidade, havia essa rivalidade entre as duas cidades, inclusive um jornal da cidade publicou uma matéria censurando a presença do Menino do Mucuri em Valadares. Não obstante, bastaram dois meses para que o novo Delegado Regional mostrasse seu real valor, se tornando cidadão honorário daquela cidade.

No ignóbil campo da Política, primeiro não queria o Menino do Mucuri como Superintendente por havia acusações infundadas de que ele pudesse ser amigo de um candidato do PT a prefeito de Belo Horizonte, e depois rejeitaram o Menino do Mucuri porque ele seria ligado ao governo que saía. E aí lascou tudo. Deu ruim. Esse Menino não podia exercer nenhum cargo relevante, porque a porcaria da Política queria destruir sua carreira.

Acredito que queriam devolver esse Menino pirracento, lá para o Vale do Mucuri, talvez deixando-o abandonado lá na Rua do Coador ou na Rua do Vai quem quer, em Topázio.  Mas longe de todas essas discussões, o Menino do Mucuri cumpriu seu tempo no Estado, teve um tempo de isolamento, seus amigos do cargo, verdadeiros hipócritas, sumiram quase todos, mas também não fez nenhuma diferença, pois ergueu a cabeça novamente, continuou em sala de aulas, ministrando aulas, fazendo o que gosta, escrevendo e lançando seus livros, fez especialização na Espanha na área de combate à corrupção, crime organizado e antiterrorismo, além de representar o Brasil na comunidade ibero-americana dividindo painel com outros juristas internacionais, abordando o tema Desenvolvimento social numa sociedade de risco e as novas ameaças aos direitos fundamentais no mundo.

E agora, continua sua missão ensinando e aprendendo nas academias do Brasil, muito embora, tenha que às vezes enfrentar gente arbitrária, boçal, em especial na cidade do Menino do Mucuri, onde de vez enquanto aparecem alguns forasteiros desalmados, vagabundos, sanguessugas, canalhas, metidos a intelectuais, alguns se autodenominam porta-vozes da razão, outros, se dizem paladinos da justiça, que fazem e acontecem, semideuses do Direito, mas tudo em nome de ideologias imundas que tentam destruir os valores humanos, religiosos, familiares, malandros pousando de gente boa que deveriam estar presos.

Mas agora, o Menino do Mucuri volta nas cenas dos filmes da vida real, para desespero de alguns, e certamente aqueles seus amigos que ficaram durante muito tempo distantes, desapareceram na brachiaria, esvaíram-se na atmosfera do tempo, agiram como nuvem passageira, chuvas de verão, raios de luz em tempos de tempestades, agora vão aparecer novamente, com sorriso maroto, não se sabe o porquê, mas daqui a pouco um fato novo vai acontecer e desaparecerão novamente, é sempre assim. Povo esperto, inteligente, sagaz, matreiro…

E por fim, o Menino do Mucuri fez especialização em exegese hermenêutica para interpretar a falsidade humana, e no dia do seu aniversário, exatamente hoje, apresenta aqueles que o admiram um breve texto de suas agruras na caminhada da vida, na certeza de que não há limites quando se busca vencer os objetivos traçados, as pedras porventura existentes no meio do caminho serão juntadas para edificar um castelo da paz e fraternidade.

DAS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Declaração de Independência dos Estados Unidos da América. Disponível em http://www4.policiamilitar.sp.gov.br/unidades/dpcdh/Normas_Direitos_Humanos/DECLARA%C3%87%C3%83O%20DE%20INDEPENDENCIA%20DOS%20EUA%20-04%20de%20julho%20de%201776%20-%20PORTUGU%C3%8AS.pdf. Acesso em 21 de abril de 2021

IGARAPÉ. Operação Metaformose. Disponível em file:///C:/Users/jefer/Downloads/noticia.pdf. Acesso em 21 de abril de 2021

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO. Lavrador de MG é acusado de matar 5 filhos. Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff15019910.htm. Acesso em 22 de abril de 2021.

O TEMPO. Disponível em https://www.otempo.com.br/cidades/megaoperacao-contra-o-trafico-prende-41-1.320101. Acesso em 21 de abril de 2021.

PMMG. Canção da Polícia Militar de Minas Gerais. Disponível em https://www.letras.mus.br/pmmg/cancao-da-policia-militar-de-minas-gerais/. Acesso em 21 de abril de 2021.

PORTAL HOJE EM DIA. Disponível em https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/quadrilha-presa-por-fraude-em-vestibulares-vendia-vaga-em-medicina-por-at%C3%A9-r-140-mil-em-mg-e-rj-1.225782. Acesso em 21 de abril de 2021.

PORTAL TERRA. Polícia de MG prende 21 suspeitos de tráfico de drogas. Disponível em https://www.terra.com.br/noticias/brasil/policia/policia-de-mg-prende-21-suspeitos-de-trafico-de-drogas,d6284be994e4b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html. Acesso em 22 de abril de 2021.

PROGRAMA FANTÁSTICO. Disponível em https://globoplay.globo.com/v/3800413/. Acesso em 21 de abril de 2021.

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